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Considere o seguinte trecho de um diário fictício: 'Hoje, meu pai, senhor de engenho, lamentava-se. A nova lei, a de 1871, diz que os filhos de nossas escravas nascerão livres. Ele teme pelo futuro, diz que é o começo do fim. Mas para a criança que nascer amanhã na senzala, o que essa liberdade realmente significa de imediato?'. O trecho se refere à Lei do Ventre Livre e expõe uma de suas principais contradições, que era:
a obrigação de que a criança permanecesse sob a tutela do senhor de sua mãe até os 21 anos, na prática, mantendo o trabalho compulsório.
o pagamento de uma alta indenização do Estado aos senhores de engenho por cada criança nascida livre, o que endividou o Império.
a proibição de que as crianças libertas continuassem vivendo com suas mães nas senzalas, forçando a separação familiar.
a libertação imediata e incondicional de todas as crianças, o que gerou uma crise social por não haver amparo para elas.
Um dos argumentos utilizados por muitos abolicionistas, como Joaquim Nabuco, para defender o fim da escravidão era que o sistema escravista:
poderia ser gradualmente substituído pela escravidão indígena, que era considerada mais humana e produtiva.
deveria ser mantido apenas nas lavouras de café, pois os africanos eram os únicos que se adaptavam a esse tipo de trabalho.
degradava não apenas o escravo, mas também a sociedade como um todo, incluindo os senhores, gerando atraso moral, econômico e político para o Brasil.
era economicamente mais eficiente que o trabalho livre, mas moralmente inaceitável para uma nação cristã.
O Quilombo de Palmares foi destruído no final do século XVII, mas a formação de quilombos continuou sendo uma importante forma de resistência durante todo o Período Imperial. No século XIX, esses quilombos se caracterizavam, em geral, por:
serem organizados exclusivamente por escravos muçulmanos, com o objetivo de difundir a fé islâmica no Brasil.
serem grandes comunidades isoladas no interior da Amazônia, sem nenhum contato com as cidades próximas.
existirem em grande número, muitas vezes próximos a centros urbanos e fazendas, estabelecendo relações comerciais e de confronto com a sociedade ao redor.
terem sido totalmente pacíficos, obtendo reconhecimento legal do Estado imperial como territórios livres.
Imagine a seguinte situação-problema: Um fazendeiro de café do Oeste Paulista, em 1875, decide expandir sua produção. Diante da crescente pressão abolicionista e da dificuldade de adquirir novos escravos, qual das seguintes estratégias seria a mais condizente com as transformações econômicas e sociais daquele período?
Adotar o sistema de parceria ou colonato, incentivando a vinda de imigrantes europeus para trabalhar em suas terras em troca de parte da produção.
Investir na compra de um grande lote de escravizados recém-chegados da África, aproveitando o comércio clandestino.
Dividir suas terras em pequenos lotes e arrendá-los a ex-escravos, estabelecendo um sistema de meeiros com a população local.
Solicitar ao governo provincial a organização de novas expedições para a captura de indígenas para o trabalho forçado.
Observe a tabela fictícia abaixo, que representa a origem dos imigrantes em uma fazenda de café em São Paulo por volta de 1890. | Origem | Número de Famílias | |---|---| | Itália | 45 | | Portugal | 8 | | Espanha | 5 | | Alemanha | 2 | Com base nesses dados, que refletem a tendência geral do período, pode-se inferir que a política de imigração do final do Império e início da República foi marcada por:
uma clara preferência pela imigração de colonos do norte da Europa, como alemães e suecos.
o incentivo exclusivo à vinda de imigrantes portugueses, devido à facilidade com o idioma e à adaptação cultural.
um equilíbrio entre as diversas nacionalidades europeias, sem a predominância de um grupo específico.
um fluxo maciço e predominante de imigrantes italianos, que se tornaram a principal mão de obra nas lavouras de café.