Creado por: juanbacan
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Em uma discussão em uma praça pública em Atenas, um filósofo argumenta que o verdadeiro conhecimento não reside nas aparências mutáveis do mundo que percebemos com nossos sentidos, mas em um reino de formas perfeitas e eternas, acessíveis apenas pela razão. Ele sugere que o mundo sensível é como uma sombra projetada na parede de uma caverna, uma cópia imperfeita da realidade verdadeira. Essa argumentação é central para o pensamento de qual filósofo?
Heráclito, com sua doutrina do 'panta rhei' (tudo flui), afirmando a constante transformação de todas as coisas.
Sócrates, com seu método maiêutico, que buscava parir o conhecimento inato na alma dos indivíduos.
Aristóteles, com sua teoria do ato e potência, que explica a mudança e o movimento no mundo físico.
Platão, com sua Teoria das Ideias ou Formas, que distingue o mundo sensível do mundo inteligível.
Para Aristóteles, toda mudança no mundo pode ser explicada pela passagem da potência ao ato. Uma semente, por exemplo, não é uma árvore, mas tem o potencial de se tornar uma. O crescimento da semente em árvore é a atualização dessa potencialidade. O conceito que descreve a finalidade ou o propósito inerente a um ser, o 'fim para o qual' ele existe, é o de:
Causa Material, a matéria da qual algo é feito (a madeira da mesa).
Causa Final (telos), o propósito ou bem para o qual algo é feito (a função da mesa de servir para refeições).
Causa Formal, a forma ou essência de algo (o projeto da mesa na mente do carpinteiro).
Causa Eficiente, o agente que produz a mudança (o carpinteiro).
Em sua obra 'Leviatã', Thomas Hobbes descreve o 'estado de natureza' como uma condição pré-social onde não há leis, governo ou poder comum. Nessa condição, segundo ele, todos os homens são aproximadamente iguais em força e inteligência, e todos têm o 'direito de natureza', que é o direito de fazer qualquer coisa para preservar a própria vida. Essa igualdade e liberdade, paradoxalmente, levam a um estado de:
Isolamento e felicidade, onde cada indivíduo vive como um 'bom selvagem', satisfeito com suas necessidades básicas e sem contato com os outros.
Paz perpétua e cooperação mútua, pois a igualdade gera respeito e solidariedade.
Desenvolvimento da agricultura e das artes, pois, sem a opressão do governo, os indivíduos podem desenvolver livremente seus talentos.
Guerra de todos contra todos ('bellum omnium contra omnes'), pois a competição, a desconfiança e a busca por glória levam a um conflito constante.
O conceito de 'absurdo' é central na filosofia de Albert Camus, especialmente em sua obra 'O Mito de Sísifo'. O sentimento do absurdo nasce do confronto entre duas coisas. Quais são elas?
A liberdade humana e o determinismo divino, que parecem contraditórios.
O desejo humano por sentido, clareza e unidade, e o silêncio irracional e indiferente do mundo.
O bem e o mal, que coexistem no mundo de uma forma inexplicável.
A existência do indivíduo e as demandas da sociedade, que frequentemente oprimem sua autenticidade.
A noção de 'paradigma', popularizada por Thomas Kuhn na filosofia da ciência, refere-se a um conjunto de crenças, valores, técnicas e exemplos compartilhados por uma comunidade científica em um determinado período. A função de um paradigma durante os períodos de 'ciência normal' é:
Servir como uma verdade absoluta e definitiva, que não pode ser questionada ou substituída por nenhuma outra teoria no futuro.
Fornecer um arcabouço teórico e metodológico que orienta a pesquisa, definindo quais são os problemas relevantes e os métodos legítimos para resolvê-los.
Facilitar o diálogo entre diferentes campos da ciência, criando uma linguagem universal que unifique a física, a biologia e as ciências sociais.
Incentivar a crítica constante e a tentativa de refutação das teorias vigentes, como proposto por Karl Popper.