Creado por: juanbacan
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Durante uma palestra sobre a sociedade contemporânea, um sociólogo afirma que os indivíduos vivem em uma 'jaula de ferro' de racionalidade burocrática. As relações sociais, o trabalho e até o lazer são cada vez mais governados por regras impessoais, cálculo de eficiência e desencantamento do mundo, levando a uma perda de sentido e liberdade individual. Essa crítica à racionalização da vida social é uma tese central de qual pensador?
Jean-Paul Sartre, que abordou a liberdade radical do indivíduo e a angústia da escolha em um mundo sem essência predefinida.
Karl Marx, que analisou a sociedade capitalista sob a ótica da luta de classes e da alienação do trabalhador em relação ao produto de seu trabalho.
Max Weber, que desenvolveu o conceito de 'jaula de ferro' para descrever o processo de racionalização e burocratização da sociedade moderna.
Émile Durkheim, que estudou os fatos sociais como 'coisas' e se preocupou com a coesão social e o conceito de anomia.
O utilitarismo de Jeremy Bentham baseia-se no 'princípio da maior felicidade', segundo o qual a ação moralmente correta é aquela que maximiza o prazer e minimiza a dor. Para tornar a ética uma ciência, Bentham propôs um 'cálculo felicífico', um método para medir a quantidade de prazer ou dor que uma ação poderia produzir. Este cálculo levaria em conta fatores como:
A intenção do agente, a conformidade da ação com o dever e sua universalidade.
A intensidade, a duração, a certeza, a proximidade, a fecundidade e a pureza do prazer ou da dor.
A vontade de Deus, a tradição e as leis estabelecidas pela sociedade.
A virtude do caráter do agente e se a ação está de acordo com o meio-termo aristotélico.
O Iluminismo escocês, representado por pensadores como David Hume e Adam Smith, deu grande importância ao papel dos sentimentos e das paixões na vida humana, em contraste com a ênfase na razão pura de alguns iluministas continentais. Em sua teoria moral, Hume argumenta que a base de nossos juízos morais (chamar uma ação de virtuosa ou viciosa) não é a razão, mas um sentimento de:
Dever, que nos comanda a agir de acordo com uma lei universal que possamos querer para todos, como em Kant.
Cálculo racional do autointeresse, onde consideramos virtuoso aquilo que nos traz mais benefícios pessoais a longo prazo.
Simpatia (sympathy), a capacidade de compartilhar os sentimentos dos outros, que nos leva a aprovar ações que promovem a felicidade e a desaprovar as que causam sofrimento.
Amor a Deus, que nos leva a seguir os mandamentos divinos revelados nas escrituras sagradas.
A teoria da justiça de John Rawls, apresentada em 'Uma Teoria da Justiça', propõe um método para encontrar os princípios de justiça que deveriam governar as principais instituições de uma sociedade. Ele sugere um experimento mental no qual indivíduos racionais escolhem esses princípios em uma situação hipotética de igualdade. Essa situação é chamada de:
Assembleia dos Cidadãos, um debate público real entre todos os membros da sociedade para decidir as leis.
Estado de Natureza, onde os indivíduos vivem sem governo e em conflito constante.
Comunidade Ideal de Fala, um conceito de Habermas para uma situação de diálogo livre de dominação onde a validade das normas é testada.
Posição Original, onde as partes estão sob um 'véu de ignorância', desconhecendo sua posição social, seus talentos e suas concepções de bem.
Em 'A Condição Humana', Hannah Arendt distingue três tipos de atividade humana que compõem a 'vita activa': labor, trabalho e ação. O 'labor' corresponde às atividades biológicas do corpo, ligadas à necessidade e à sobrevivência. O 'trabalho' cria o mundo artificial de coisas, durável e objetivo. A 'ação', para Arendt, é a atividade mais elevada e especificamente humana. Ela consiste em:
Agir e falar em conjunto com outros no espaço público, revelando quem somos e iniciando novos processos no mundo.
Produzir obras de arte que transcendem o tempo e conferem imortalidade ao artista.
Contemplar as verdades eternas em solidão, afastando-se dos assuntos mundanos.
Trabalhar de forma eficiente para produzir bens de consumo e garantir o sustento da vida.