Creado por: juanbacan
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Os Sofistas, como Protágoras e Górgias, eram mestres de retórica na Atenas do século V a.C. Eles foram duramente criticados por Platão por, supostamente, ensinarem a arte de persuadir sobre qualquer assunto, independentemente da verdade. A famosa frase de Protágoras, 'O homem é a medida de todas as coisas', expressa uma posição filosófica conhecida como:
Idealismo, a teoria de que a realidade última é de natureza mental ou espiritual, consistindo em ideias ou formas.
Ceticismo, a visão de que o conhecimento é impossível e que devemos suspender o juízo sobre todas as coisas.
Relativismo, a doutrina de que a verdade e a moralidade não são absolutas, mas relativas ao indivíduo ou à cultura.
Absolutismo, a crença de que existem verdades universais e objetivas, válidas para todos os seres humanos.
A teoria da 'ação social' de Max Weber é fundamental para a sociologia compreensiva. Weber define a ação social como qualquer ação humana à qual o agente atribui um sentido subjetivo, e que é orientada pela ação de outros. Ele propõe quatro tipos ideais de ação social. A ação que é determinada por um cálculo racional de meios e fins, buscando a máxima eficiência para atingir um objetivo, é a:
Ação racional com relação a valores, orientada por uma crença em um valor (ético, estético, religioso), independentemente do sucesso.
Ação tradicional, orientada pelo costume ou pelo hábito.
Ação afetiva, determinada por emoções ou estados sentimentais.
Ação racional com relação a fins, orientada por expectativas quanto ao comportamento de objetos e de outros homens como meio para alcançar fins próprios.
Simone Weil, uma filósofa e mística do século XX, desenvolveu uma crítica profunda ao trabalho na sociedade industrial. Ela argumentava que o trabalho fabril, repetitivo e desprovido de sentido, oprime não apenas o corpo, mas também a alma e o pensamento do trabalhador, causando um estado de 'desgraça' (malheur). Para ela, a única forma de redenção no trabalho seria através de uma transformação que o tornasse:
Um instrumento de luta política para a tomada do poder pelo proletariado.
Mais bem remunerado, pois um salário maior compensaria o sofrimento e a alienação.
Uma forma de 'atenção', onde o trabalhador, mesmo em tarefas monótonas, pudesse exercer sua inteligência e sua espiritualidade, vendo a beleza na matéria e na necessidade.
Totalmente automatizado, eliminando a necessidade de qualquer esforço humano.
No contexto da filosofia helenística, uma escola de pensamento defendia que o objetivo da vida era alcançar a 'ataraxia', um estado de tranquilidade e ausência de perturbação da alma. Para isso, o indivíduo deveria evitar os prazeres passageiros e as dores, buscando um prazer moderado e duradouro, que consistia principalmente na amizade, na reflexão e na ausência de medo (da morte e dos deuses). Essa filosofia é conhecida como:
Cinismo, que defendia o desprezo pelas convenções sociais, a autossuficiência e uma vida simples e natural, como a de um cão.
Estoicismo, que pregava a aceitação do destino, o controle das paixões e a vida em acordo com a natureza (logos).
Epicurismo, fundado por Epicuro, que propunha um hedonismo calculado, buscando o prazer moderado e a paz de espírito no 'Jardim'.
Ceticismo, que afirmava a impossibilidade de se alcançar qualquer verdade definitiva e, por isso, defendia a suspensão do juízo (epoché).
Heráclito de Éfeso, um filósofo pré-socrático, ficou conhecido por sua doutrina do 'devir' (vir-a-ser). Sua famosa afirmação de que 'não se pode entrar duas vezes no mesmo rio' ilustra sua ideia de que a realidade está em constante fluxo e transformação. Para Heráclito, a harmonia do cosmos não reside na estabilidade, mas em uma tensão dinâmica entre opostos (quente/frio, dia/noite, guerra/paz). O princípio que governa essa mudança constante e unifica os opostos é o:
Nous (Mente ou Intelecto), uma força externa que, para Anaxágoras, ordenou a mistura primordial de todas as coisas, dando origem ao cosmos.
Logos, uma razão universal, uma lei subjacente que ordena todo o fluxo do devir e que a alma humana pode compreender.
Amor e Ódio, duas forças cósmicas que, segundo Empédocles, atuam para unir e separar os quatro elementos fundamentais (terra, água, ar, fogo).
Ápeiron (o ilimitado), um princípio indefinido e infinito do qual todas as coisas se originam e para o qual retornam, como proposto por Anaximandro.