Creado por: juanbacan
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A teoria do conhecimento de Aristóteles difere fundamentalmente da de seu mestre, Platão. Enquanto Platão acreditava que o conhecimento verdadeiro vinha da recordação de Formas inteligíveis, Aristóteles era um empirista. Para ele, todo conhecimento começa com a experiência sensível. O processo pelo qual o intelecto extrai o universal (a forma ou essência) a partir dos dados particulares fornecidos pelos sentidos é chamado de:
Dedução, o raciocínio que parte de premissas universais para chegar a uma conclusão particular, como no silogismo.
Anamnese, a recordação das Ideias contempladas pela alma antes do nascimento.
Dúvida metódica, o processo de questionar todas as crenças para encontrar uma certeza fundamental.
Indução (epagoge), a passagem do particular para o universal.
O imperativo categórico é o princípio supremo da moralidade na filosofia de Immanuel Kant. Ele é 'categórico' porque se aplica a todos os seres racionais incondicionalmente, independentemente de seus desejos ou fins particulares. Uma de suas formulações mais conhecidas, a 'fórmula da humanidade', afirma que devemos:
Agir de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas.
Agir de acordo com a virtude, buscando um meio-termo entre dois extremos viciosos.
Agir de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.
Agir em conformidade com a natureza, aceitando o destino e controlando as paixões que nos perturbam.
Na filosofia da mente, uma questão central é o problema mente-corpo. O dualismo, classicamente formulado por Descartes, postula que mente (substância pensante, 'res cogitans') e corpo (substância extensa, 'res extensa') são duas entidades radicalmente distintas. Um dos principais desafios para essa teoria, conhecido como o problema da interação, consiste em explicar:
Como a mente, sendo imaterial e não-espacial, pode causar eventos no corpo, que é material e espacial, e vice-versa.
Se os animais não-humanos possuem mentes ou se são meros autômatos, como Descartes sugeriu.
Como é possível que tenhamos conhecimento de outras mentes, se só temos acesso direto à nossa própria consciência.
Como as ideias inatas, como a de Deus, estão presentes na mente desde o nascimento sem terem vindo da experiência.
Em sua análise do 'Panóptico' de Jeremy Bentham, um projeto de prisão ideal, Michel Foucault vê um modelo para o funcionamento do poder na sociedade disciplinar. A principal característica do Panóptico é a sua arquitetura, que consiste em uma torre central de vigilância e celas dispostas em um anel ao redor. A eficácia desse dispositivo de poder reside no fato de que:
O prisioneiro sabe que pode estar sendo vigiado a qualquer momento, mas não sabe quando está sendo vigiado de fato. Isso o leva a internalizar a vigilância e a se comportar como se estivesse sempre sendo observado.
Os prisioneiros podem se comunicar uns com os outros, formando um senso de comunidade e solidariedade.
O prisioneiro é constantemente visto pelo vigia na torre central, sem nunca poder vê-lo.
A punição física é aplicada de forma exemplar no centro do pátio, para que todos os prisioneiros vejam e temam o poder do soberano.
Um estudante de teologia medieval debate sobre a natureza da fé e da razão. Ele defende que, embora a razão humana seja uma ferramenta valiosa dada por Deus, ela é limitada e deve ser iluminada pela fé para compreender as verdades divinas mais profundas. A razão prepara o caminho, mas a fé o completa. Essa tentativa de harmonizar fé e razão, dando primazia à iluminação divina, é característica de qual corrente filosófica?
Tomismo, que, influenciado por Aristóteles, busca uma síntese mais equilibrada entre fé e razão, onde ambas são vias autônomas para o conhecimento.
Nominalismo, que questiona a existência de universais e foca na singularidade dos indivíduos, separando drasticamente fé e razão.
Averroísmo latino, que defendia a doutrina da 'dupla verdade', sugerindo que uma proposição poderia ser verdadeira na filosofia e falsa na fé, e vice-versa.
Agostinismo, que, baseado em Platão, postula a teoria da iluminação divina, onde a verdade é alcançada quando a mente é iluminada pela graça de Deus.