Creado por: juanbacan
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Em sua análise do poder, Michel Foucault argumenta que, na modernidade, o poder não se exerce apenas de forma repressiva (como a lei que proíbe), mas também de forma produtiva. Ele descreve um tipo de poder que se aplica aos corpos dos indivíduos para torná-los dóceis e úteis, através de técnicas de vigilância, treinamento e exame em instituições como prisões, escolas, hospitais e fábricas. Foucault chama esse poder de:
Poder Disciplinar, uma microfísica do poder que adestra os corpos e maximiza sua eficiência.
Poder Pastoral, um modelo de poder que se origina nas práticas cristãs, onde um pastor cuida de seu rebanho individualmente.
Poder Soberano, o poder típico da monarquia, que se manifesta no direito de 'fazer morrer ou deixar viver'.
Biopoder, um poder que se exerce sobre a vida da população como um todo, gerenciando nascimentos, mortes, saúde e longevidade.
Michel Foucault, em 'A História da Sexualidade', argumenta que a era vitoriana, ao contrário da crença popular, não foi uma época de silêncio sobre o sexo, mas sim uma época de proliferação de discursos sobre ele. Ele descreve a emergência de uma 'scientia sexualis' (ciência do sexo) que, através de confissões, exames médicos e classificações psiquiátricas, produziu um novo tipo de poder. Esse poder não apenas reprime, mas incita os indivíduos a falar sobre seu sexo, a fim de:
Controlar, administrar e normalizar a sexualidade dos indivíduos, ligando-a à saúde da população e à gestão social.
Celebrar a diversidade das práticas sexuais e eliminar qualquer forma de preconceito ou discriminação.
Provar que a única forma natural e saudável de sexualidade é a heterossexualidade reprodutiva.
Promover a libertação sexual e a igualdade de gênero na sociedade.
A bioética é um campo de estudo interdisciplinar que surge para lidar com questões morais complexas levantadas pelos avanços da biologia e da medicina. Um dos princípios fundamentais da bioética, que estabelece o dever de não causar dano intencional a um paciente ou participante de pesquisa, é o princípio da:
Autonomia, que reconhece o direito do indivíduo de decidir sobre seu próprio corpo e tratamento, expresso, por exemplo, no consentimento informado.
Beneficência, que impõe a obrigação de agir no melhor interesse do paciente, maximizando os benefícios e promovendo seu bem-estar.
Não maleficência, resumido pelo antigo aforismo hipocrático 'primum non nocere' (primeiro, não prejudicar).
Justiça, que exige a distribuição equitativa dos recursos de saúde e a imparcialidade no tratamento dos pacientes.
A teoria crítica da sociedade, desenvolvida pela Escola de Frankfurt, diferencia-se da teoria tradicional por seu engajamento político e seu objetivo emancipatório. Em vez de apenas descrever ou explicar a realidade social 'como ela é', a teoria crítica busca:
Alcançar uma objetividade neutra e livre de valores, separando completamente o trabalho do cientista social de suas convicções políticas.
Diagnosticar as patologias e as formas de dominação presentes na sociedade contemporânea, com o objetivo de promover a libertação humana.
Criar um modelo matemático da sociedade para prever o comportamento de grandes populações com precisão.
Justificar e legitimar a ordem social existente, mostrando como suas instituições são racionais e necessárias.
Um ativista dos direitos civis, ao organizar um protesto não-violento, cita um filósofo que afirmava: 'A existência precede a essência'. Ele explica que isso significa que os seres humanos não nascem com uma natureza ou um propósito predefinido. Primeiro, eles existem, se encontram no mundo, e só depois, através de suas escolhas e ações, definem quem são. Somos, portanto, radicalmente livres e responsáveis por criar nossos próprios valores. Essa ideia é o pilar central de qual corrente filosófica?
O Positivismo, que acredita no progresso através da ciência e busca leis universais para explicar os fenômenos sociais.
O Estruturalismo, que analisa as estruturas subjacentes da linguagem e da sociedade que determinam o comportamento humano.
O Existencialismo, particularmente o de Jean-Paul Sartre, que coloca a liberdade, a escolha e a responsabilidade individual no centro da condição humana.
O Marxismo, que entende a essência humana como sendo determinada pelas relações sociais e históricas, especialmente as relações de produção.