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A filosofia de Maquiavel, expressa em 'O Príncipe', representa uma ruptura com a tradição política clássica e medieval. Enquanto Platão, Aristóteles e os pensadores cristãos se preocupavam com o Estado ideal e a virtude moral do governante, Maquiavel foca na 'verità effettuale della cosa' (a verdade efetiva da coisa). Sua principal preocupação é:
Como educar o príncipe para que ele se torne um filósofo-rei, governando com base no conhecimento da verdade e da justiça.
Como o príncipe pode ser um bom cristão e governar de acordo com os mandamentos de Deus.
Como construir uma república justa, onde todos os cidadãos participem do governo e busquem o bem comum.
Como o príncipe pode conquistar e, principalmente, manter o poder, utilizando os meios que forem necessários para garantir a estabilidade do Estado.
Na filosofia medieval, Avicena (Ibn Sina), um filósofo persa, desenvolveu um influente argumento para provar a existência da alma e sua distinção do corpo, conhecido como o argumento do 'Homem Voador'. Ele nos pede para imaginar um homem criado de repente no ar, com seus membros afastados para não se tocarem e com seus olhos vendados. Mesmo sem nenhuma percepção sensorial de seu corpo ou do mundo exterior, esse homem:
não teria consciência de nada, provando que a alma depende dos sentidos para existir.
entraria em pânico e desespero, mostrando que a alma precisa do corpo para se sentir segura.
imediatamente começaria a raciocinar sobre a existência de Deus para encontrar um sentido para sua situação.
teria certeza de sua própria existência como um 'eu' ou uma consciência, provando que a alma (ou o eu) é uma substância imaterial e independente do corpo.
Uma das críticas centrais que Karl Marx faz à economia política clássica (como a de Adam Smith e David Ricardo) é que ela trata as categorias do capitalismo (mercadoria, dinheiro, capital) como se fossem fatos naturais e eternos. Marx, ao contrário, busca mostrar que essas categorias são históricas e sociais. O processo pelo qual os produtos do trabalho humano e as relações sociais assumem a aparência de coisas autônomas e com vida própria, que governam seus criadores, é chamado por Marx de:
Alienação, o processo pelo qual o trabalhador se torna estranho ao produto de seu trabalho e a si mesmo.
Luta de classes, o conflito entre exploradores e explorados.
Mais-valia, a fonte do lucro capitalista, que é o valor do trabalho não pago ao trabalhador.
Fetichismo da mercadoria, a atribuição de um poder místico às mercadorias, obscurecendo as relações sociais de produção que lhes dão valor.
Aristóteles distingue entre 'justiça distributiva' e 'justiça corretiva'. A justiça corretiva (ou comutativa) lida com as relações entre indivíduos, sejam elas voluntárias (contratos) ou involuntárias (crimes). Seu objetivo é:
Promover a amizade e a cooperação entre os cidadãos, que é a base para uma comunidade política saudável.
Distribuir bens, honras e riquezas na comunidade de acordo com o mérito de cada um, seguindo uma proporção geométrica.
Restaurar o equilíbrio ou a igualdade que foi quebrada por uma ação injusta, tratando as partes como iguais perante a lei e seguindo uma proporção aritmética.
Adaptar a lei geral ao caso particular, buscando uma solução mais equitativa do que a aplicação estrita da lei.
Aristóteles, em sua obra 'Política', classifica as formas de governo com base em dois critérios: quantos governam (um, poucos ou muitos) e se o governo visa o bem comum ou o interesse particular dos governantes. Um governo de 'muitos' que visa o bem comum é chamado por ele de:
Tirania, a forma corrompida do governo de 'um', onde o tirano governa apenas para seu próprio benefício.
Democracia, que ele considerava uma forma corrompida, onde os pobres governam em seu próprio interesse.
Politeia ou República, a forma pura de governo de 'muitos', que mistura elementos da democracia e da oligarquia.
Oligarquia, a forma corrompida do governo de 'poucos', onde os ricos governam para si.