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A Fenomenologia, corrente filosófica fundada por Edmund Husserl, propõe um método para chegar à essência das coisas. Esse método envolve a 'epoché', ou suspensão do juízo sobre a existência do mundo exterior e de nossas crenças habituais (a 'atitude natural'), para focar apenas em como os fenômenos se apresentam à consciência. O objetivo dessa suspensão é:
Analisar as estruturas da experiência tal como ela é vivida, descrevendo a essência dos fenômenos sem as pressuposições da ciência ou do senso comum.
Desenvolver uma terapia para curar a angústia existencial, mostrando que a realidade externa é indiferente ao sujeito.
Provar que o mundo exterior não existe, defendendo uma forma de idealismo radical onde tudo é apenas consciência.
Superar a distinção entre sujeito e objeto, mostrando que a realidade é um fluxo contínuo de experiências.
Um cientista do século XVII, ao desenvolver seu método de investigação, decide duvidar de tudo o que conhecia, incluindo as informações dos sentidos e as verdades matemáticas. Seu objetivo era encontrar um ponto de partida absolutamente indubitável para construir um novo sistema de conhecimento. Ele conclui que, mesmo que duvidasse de tudo, não poderia duvidar de sua própria existência como ser pensante. Essa jornada metodológica é a base do pensamento de:
René Descartes, que utilizou a dúvida metódica para chegar à primeira certeza, o 'Cogito, ergo sum' (Penso, logo existo).
Francis Bacon, que propunha um método empírico baseado na observação e experimentação para eliminar ídolos da mente.
David Hume, que levou o empirismo a um ceticismo radical, questionando a causalidade e a identidade do eu.
John Locke, que argumentava que a mente é uma 'tábula rasa' e que todo conhecimento deriva da experiência sensorial.
A ética da responsabilidade, proposta por Hans Jonas em 'O Princípio Responsabilidade', é uma resposta aos novos desafios éticos criados pelo poder da tecnologia moderna. Jonas argumenta que as éticas tradicionais (como a de Kant ou o utilitarismo) são inadequadas porque foram pensadas para ações de curto alcance. A nova ética deve ser orientada para o futuro e ter como seu primeiro imperativo:
A garantia da sobrevivência e da integridade da humanidade e da natureza para as gerações futuras.
A maximização da felicidade e do prazer para a geração presente.
A obediência incondicional às leis e aos deveres morais, independentemente das consequências.
O desenvolvimento da autonomia individual e a busca pela autorrealização pessoal.
Tales de Mileto, considerado por muitos o primeiro filósofo, rompeu com as explicações míticas ao propor que a 'arché' (princípio originário de todas as coisas) seria a água. A importância dessa proposição para o nascimento da filosofia reside no fato de que ela:
provou cientificamente que a água é o elemento fundamental de toda a matéria existente no universo.
estabeleceu o método dialético de perguntas e respostas para refutar as narrativas mitológicas sobre a criação do mundo.
inaugurou uma forma de investigação baseada na observação da natureza e na busca por uma causa racional e natural para a realidade.
utilizou uma entidade divina, como o deus Oceano, para explicar a origem do cosmos de forma racional.
Na filosofia da ciência, o 'problema da demarcação' busca estabelecer um critério para distinguir a ciência genuína da pseudociência (como a astrologia ou a psicanálise, segundo alguns). Karl Popper propôs um critério influente, argumentando que o que torna uma teoria científica não é o fato de ela ser verificável (pois muitas teorias podem encontrar confirmações), mas sim o fato de ela ser:
Útil e aplicável, gerando tecnologias que melhoram a vida humana.
Consistente com o senso comum e com as crenças estabelecidas pela tradição.
Falseável ou refutável, ou seja, a teoria deve fazer previsões arriscadas que, se não se confirmarem, provarão que a teoria está errada.
Elegante e simples, seguindo o princípio da Navalha de Ockham, que prefere as explicações mais econômicas.