Creado por: juanbacan
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A Fenomenologia, corrente filosófica fundada por Edmund Husserl, propõe um método para chegar à essência das coisas. Esse método envolve a 'epoché', ou suspensão do juízo sobre a existência do mundo exterior e de nossas crenças habituais (a 'atitude natural'), para focar apenas em como os fenômenos se apresentam à consciência. O objetivo dessa suspensão é:
Analisar as estruturas da experiência tal como ela é vivida, descrevendo a essência dos fenômenos sem as pressuposições da ciência ou do senso comum.
Desenvolver uma terapia para curar a angústia existencial, mostrando que a realidade externa é indiferente ao sujeito.
Provar que o mundo exterior não existe, defendendo uma forma de idealismo radical onde tudo é apenas consciência.
Superar a distinção entre sujeito e objeto, mostrando que a realidade é um fluxo contínuo de experiências.
Baruch Spinoza, um dos grandes racionalistas do século XVII, desenvolveu um sistema metafísico monista. Diferente de Descartes, que via mente e corpo como substâncias distintas, Spinoza afirmava que existe apenas uma única substância infinita, que ele chama de 'Deus sive Natura' (Deus, ou seja, a Natureza). Pensamento e extensão (matéria) não são substâncias, mas sim:
Criações de Deus, entidades separadas que foram trazidas à existência pela vontade divina a partir do nada.
Ilusões da nossa mente, que erroneamente percebe uma dualidade onde há apenas unidade.
Atributos de Deus, que são as infinitas maneiras pelas quais a essência da substância única se expressa, das quais conhecemos apenas o pensamento e a extensão.
Modos finitos, que são as manifestações particulares e transitórias da substância única, como uma mente individual ou um corpo particular.
Um professor de filosofia desenha uma linha na lousa e a divide em dois segmentos principais: Mundo Sensível e Mundo Inteligível. O primeiro, ele subdivide em 'Sombras/Imagens' e 'Coisas Físicas'. O segundo, em 'Objetos Matemáticos' e 'Formas/Ideias'. Ele explica que essa é uma representação da jornada do conhecimento, da ignorância (doxa) à verdade (episteme). Este esquema é conhecido como:
A Alegoria da Caverna de Platão.
O Organon de Aristóteles.
A Doutrina do Meio-Termo de Aristóteles.
A Analogia da Linha Dividida de Platão.
Em sua análise da modernidade, o filósofo Zygmunt Bauman utiliza a metáfora da 'liquidez' para descrever a condição da sociedade contemporânea. Em contraste com a 'modernidade sólida' (com suas estruturas fixas, instituições duradouras e identidades estáveis), a 'modernidade líquida' é caracterizada por:
Um forte controle do Estado sobre todos os aspectos da vida individual e social.
A crença inabalável no progresso, na ciência e na capacidade da razão de construir uma sociedade perfeita.
A permanência de valores tradicionais e de laços comunitários fortes que resistem à mudança.
Relações sociais, instituições e identidades que são frágeis, fluidas, voláteis e de curto prazo.
A filosofia pré-socrática investigava a 'physis' (natureza) em busca da 'arché' (princípio fundamental). Parmênides de Eleia introduziu uma mudança radical, focando na questão do 'Ser'. Sua tese fundamental, expressa em seu poema, pode ser resumida como:
'O homem é a medida de todas as coisas', a verdade é relativa a cada indivíduo ou cultura, não existindo um Ser absoluto.
'O Ser é, o não-Ser não é', o Ser é uno, eterno, imutável, imóvel e indivisível, e qualquer mudança ou movimento é uma ilusão dos sentidos.
Tudo é composto por átomos e pelo vazio, partículas indivisíveis que se movem e se combinam para formar a realidade.
'Tudo flui' (panta rhei), o Ser está em constante mudança e transformação, sendo impossível entrar no mesmo rio duas vezes.