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A economia do Império, apesar de sua base agroexportadora, viu um pequeno surto de desenvolvimento industrial e de serviços entre 1850 e 1860, conhecido como a 'Era Mauá'. Esse surto foi possibilitado, em grande parte, pela:
política de empréstimos a juro zero oferecida pelo governo imperial a todos que quisessem abrir uma indústria.
abolição da escravatura, que criou um grande mercado consumidor formado por ex-escravos assalariados.
liberação de capitais resultante do fim do tráfico negreiro em 1850, que foram investidos em outros setores.
descoberta de grandes reservas de petróleo no litoral do Rio de Janeiro, que impulsionou a indústria.
A Constituição de 1824 estabeleceu o catolicismo como religião oficial do Estado, mas também instituiu o regime do 'padroado'. Na prática, o padroado significava que:
o Estado brasileiro tinha o direito de nomear bispos e outros cargos eclesiásticos, pagar os salários do clero e aprovar (ou não) as bulas papais, submetendo a Igreja ao seu controle.
a Igreja Católica era responsável por financiar o Estado Imperial, entregando todos os dízimos e doações diretamente ao Tesouro Nacional.
todos os cidadãos brasileiros, incluindo os não católicos, eram obrigados a frequentar a missa aos domingos e a se confessar anualmente.
o Papa, em Roma, tinha controle total sobre a Igreja no Brasil, nomeando bispos e criando paróquias sem qualquer interferência do governo.
Os partidos Liberal e Conservador, que dominaram a política do Segundo Reinado, utilizavam-se de práticas fraudulentas para vencer as eleições. Uma das mais famosas ficou conhecida como 'eleições do cacete', que consistia em:
distribuir pedaços de pau (cacetes) como brinde aos eleitores que comparecessem à votação, como forma de propaganda.
utilizar a violência física e a intimidação, através de capangas, para forçar os eleitores a votarem no candidato do partido que estava no poder.
realizar as eleições em locais de difícil acesso, no meio do mato, onde os eleitores precisavam usar cacetes para se defender de animais.
um sistema de sorteio em que o vencedor era aquele cujo nome fosse retirado de uma urna junto com um pequeno bastão de madeira.
A Guerra da Cisplatina (1825-1828), travada entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina), teve como principal resultado para o Brasil:
uma vitória militar esmagadora que consolidou a hegemonia brasileira na região do Prata e fortaleceu a imagem de D. Pedro I.
a perda da Província Cisplatina, que se tornou um Estado independente (República Oriental do Uruguai), e um grande desgaste político e financeiro para o Império.
a anexação definitiva da Província Cisplatina (atual Uruguai) ao território brasileiro, com amplo apoio da população local.
a formação de uma aliança duradoura com a Argentina para dividir o controle sobre a navegação na Bacia do Prata.
A campanha abolicionista, em sua fase final na década de 1880, radicalizou suas ações. Uma das práticas que se tornou comum e que minou a autoridade dos senhores de escravos foi:
o pedido formal de asilo político de escravos nas embaixadas de países europeus que já haviam abolido a escravidão.
a fuga em massa de escravizados das fazendas, muitas vezes com o auxílio de ativistas abolicionistas (os 'caifazes') que os escondiam em quilombos urbanos.
a compra de todos os escravos do país por um fundo internacional financiado pela Inglaterra, que depois os libertava.
a recusa dos padres em batizar os filhos de escravos, como forma de pressão religiosa sobre os senhores de engenho.