Preguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 251

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

se não o fizer, terá a opção de ver a solução ou escolher outra resposta.

Se desejar saber como solucionar cada pergunta, pode clicar na opção 'Como resolver?'

Pergunta 1251

Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma da língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!

Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo do dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 (adaptado).

Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”.

Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

A)  

descartar as marcas de informalidade do texto.

B)  

reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla.

C)  

moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico.

D)  

adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto.

E)  

desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola.

Como resolver?

Pergunta 1252

Censura Moralista

Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-se, em crise. Comenta-se esta crise, por exemplo, apontando a precariedade das práticas de leitura, lamentando a falta de familiaridade dos jovens com livros, reclamando da falta de bibliotecas em tantos municípios, do preço dos livros em livrarias, num nunca acabar de problemas e de carências. Mas, de um tempo para cá, pesquisas acadêmicas vêm dizendo que talvez não seja exatamente assim, que brasileiros leem, sim, só que leem livros que as pesquisas tradicionais não levam em conta. E, também de um tempo para cá, políticas educacionais têm tomado a peito investir em livros e em leitura.

LAJOLO, M. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013 (fragmento).

Os falantes, nos textos que produzem, sejam orais ou escritos, posicionam-se frente a assuntos que geram consenso ou despertam polêmica.

No texto, a autora

A)  

ressalta a importância de os professores incentivarem os jovens às práticas de leitura.

B)  

critica pesquisas tradicionais que atribuem a falta de leitura à precariedade de bibliotecas.

C)  

rebate a ideia de que as políticas educacionais são eficazes no combate à crise de leitura.

D)  

questiona a existência de uma crise de leitura com base nos dados de pesquisas acadêmicas.

E)  

atribui a crise da leitura à falta de incentivos e ao desinteresse dos jovens por livros de qualidade.

Como resolver?

Pergunta 1253

Era um dos meus primeiros dias na sala de música. A fim de descobrirmos o que deveríamos estar fazendo ali, propus à classe um problema. Inocentemente perguntei: — O que é música?

Passamos dois dias inteiros tateando em busca de uma definição. Descobrimos que tínhamos de rejeitar todas as definições costumeiras porque elas não eram suficientemente abrangentes.

O simples fato é que, à medida que a crescente margem a que chamamos de vanguarda continua suas explorações pelas fronteiras do som, qualquer definição se torna difícil. Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas composições, ele ventila a arte da música com conceitos novos e aparentemente sem forma.

SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Unesp, 1991 (adaptado)

A frase “Quando John Cage abre a porta da sala de concerto e encoraja os ruídos da rua a atravessar suas composições”, na proposta de Schafer de formular uma nova conceituação de música, representa a

A)  

acessibilidade à sala de concerto como metáfora, num momento em que a arte deixou de ser elitizada.

B)  

abertura da sala de concerto, que permitiu que a música fosse ouvida do lado de fora do teatro.

C)  

postura inversa à música moderna, que desejava se enquadrar em uma concepção conformista.

D)  

intenção do compositor de que os sons extramusicais sejam parte integrante da música.

E)  

necessidade do artista contemporâneo de atrair maior público para o teatro.

Como resolver?

Pergunta 1254

Há qualquer coisa de especial nisso de botar a cara na janela em crônica de jornal — eu não fazia isso há muitos anos, enquanto me escondia em poesia e ficção. Crônica algumas vezes também é feita, intencionalmente, para provocar. Além do mais, em certos dias mesmo o escritor mais escolado não está lá grande coisa. Tem os que mostram sua cara escrevendo para reclamar: moderna demais, antiquada demais. Alguns discorrem sobre o assunto, e é gostoso compartilhar ideias. Há os textos que parecem passar despercebidos, outros rendem um montão de recados: “Você escreveu exatamente o que eu sinto”, “Isso é exatamente o que falo com meus pacientes”, “É isso que digo para meus pais”, “Comentei com minha namorada”. Os estímulos são valiosos pra quem nesses tempos andava meio assim: é como me botarem no colo — também eu preciso. Na verdade, nunca fui tão posta no colo por leitores como na janela do jornal. De modo que está sendo ótima, essa brincadeira séria, com alguns textos que iam acabar neste livro, outros espalhados por aí. Porque eu levo a sério ser sério… mesmo quando parece que estou brincando: essa é uma das maravilhas de escrever. Como escrevi há muitos anos e continua sendo a minha verdade: palavras são meu jeito mais secreto de calar.

LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Os textos fazem uso constante de recursos que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção do fragmento, o elemento

A)  

“nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.

B)  

“assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.

C)  

“isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.

D)  

“alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.

E)  

“essa” recupera a informação anterior “janela do jornal”.

Como resolver?

Pergunta 1255

O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

No romance Grande sertão: veredas, o protagonista Riobaldo narra sua trajetória de jagunço.

A leitura do trecho permite identificar que o desabafo de Riobaldo se aproxima de um(a):

A)  

diário, por trazer lembranças pessoais.

B)  

fábula, por apresentar uma lição de moral.

C)  

notícia, por informar sobre um acontecimento.

D)  

aforismo, por expor uma máxima em poucas palavras.

E)  

crônica, por tratar de fatos do cotidiano.

Como resolver?

Pratique com Simuladores

Teste seu conhecimento, resolva estes simuladores similares ao exame

Precisa de ajuda com um exercício?

Faça uma pergunta e entre todos desta comunidade a responderemos.