Preguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 231

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

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Pergunta 1151

Yaô

Aqui có no terreiro
Pelú adié
Faz inveja pra gente
Que não tem mulher

No jacutá de preto velho
Há uma festa de yaô

Ôi tem nêga de Ogum
De Oxalá, de lemanjá

Mucama de Oxossi é caçador
Ora viva Nanã
Nanã Buruku

Yô yôo
Yô yôoo

No terreiro de preto velho iaiá
Vamos saravá (a quem meu pai?)
Xangô!

VIANA, G. Agó, Pixinguinha! 100 Anos. Som Livre, 1997.

A canção Yaô foi composta na década de 1930 por Pixinguinha, em parceria com Gastão Viana, que escreveu a letra. O texto mistura o português com o iorubá, língua usada por africanos escravizados trazidos para o Brasil.

Ao fazer uso do iorubá nessa composição, o autor

A)  

promove uma crítica bem-humorada às religiões afrobrasileiras, destacando diversos orixás.

B)  

ressalta uma mostra da marca da cultura africana, que se mantém viva na produção musical brasileira.

C)  

evidencia a superioridade da cultura africana e seu caráter de resistência à dominação do branco.

D)  

deixa à mostra a separação racial e cultural que caracteriza a constituição do povo brasileiro.

E)  

expressa os rituais africanos com maior autenticidade, respeitando as referências originais.

Como resolver?

Pergunta 1152

Sermão da Sexagésima

 

Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações, nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? Não há um homem que em um sermão entre em si e se resolva, não há um moço que se arrependa, não há um velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos poderosa do que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão poderosa; se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão. Quero começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que aprendais a ouvir.

VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965

No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira questiona a eficácia das pregações. Para tanto, apresenta como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as quais têm por objetivo principal

A)  

provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o conteúdo que será abordado no sermão.

B)  

conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os temas abordados nas pregações.

C)  

apresentar questionamentos para os quais a Igreja não possui respostas.

D)  

inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre a eficácia das pregações.

E)  

questionar a importância das pregações feitas pela Igreja durante os sermões.

Como resolver?

Pergunta 1153

O Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produções.

Um traço do Surrealismo presente nessa pintura é o(a):

A)  

justaposição de elementos díspares, observada na imagem do homem no espelho.

B)  

crítica ao passadismo, exposta na dupla imagem do homem olhando sempre para frente.

C)  

construção de perspectiva, apresentada na sobreposição de planos visuais.

D)  

processo de automatismo, indicado na repetição da imagem do homem.

E)  

procedimento de colagem, identificado no reflexo do livro no espelho.

Como resolver?

Pergunta 1154

A pátria

Ama, com fé e orgulho, a terra em que nasceste!
Criança! não verás nenhum pais como este!
Olha que céu! que mar! que rios! que floresta!
A Natureza, aqui, perpetuamente em festa,
É um seio de mãe a transbordar carinhos.
Vê que vida há no chão! vê que vida há nos ninhos,
Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos!
Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!
Vê que grande extensão de matas, onde impera,
Fecunda e luminosa, a eterna primavera!
Boa terra! jamais negou a quem trabalha
O pão que mata a fome, o teto que agasalha…

Quem com o seu suor a fecunda e umedece,
Vê pago o seu esforço, e é feliz, e enriquece!

Criança! não verás pais nenhum como este:
Imita na grandeza a terra em que nasceste!

BILAC, O. Poesias infantis. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1929.

Publicado em 1904, o poema A pátria harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que

A)  

a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.

B)  

a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.

C)  

os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.

D)  

a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.

E)  

a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.

Como resolver?

Pergunta 1155

Embora particularidades na produção mediada pela tecnologia aproximem a escrita da oralidade, isso não significa que as pessoas estejam escrevendo errado. Muitos buscam, tão somente, adaptar o uso da linguagem ao suporte utilizado: “O contexto é que define o registro de língua. Se existe um limite de espaço, naturalmente, o sujeito irá usar mais abreviaturas, como faria no papel”, afirma um professor do Departamento de Linguagem e Tecnologia do Cefet-MG. Da mesma forma, é preciso considerar a capacidade do destinatário de interpretar corretamente a mensagem emitida. No entendimento do pesquisador, a escola, às vezes, insiste em ensinar um registro utilizado apenas em contextos específicos, o que acaba por desestimular o aluno, que não vê sentido em empregar tal modelo em outras situações. Independentemente dos aparatos tecnológicos da atualidade, o emprego social da língua revela-se muito mais significativo do que seu uso escolar, conforme ressalta a diretora de Divulgação Científica da UFMG: “A dinâmica da língua oral é sempre presente. Não falamos ou escrevemos da mesma forma que nossas avós”. Some-se a isso o fato de os jovens se revelarem os principais usuários das novas tecnologias, por meio das quais conseguem se comunicar com facilidade. A professora ressalta, porém, que as pessoas precisam ter discernimento quanto às distintas situações, a fim de dominar outros códigos.

SILVA JR., M. G.; FONSECA, V. Revista Minas Faz Ciência, n. 51, set.-nov. 2012 (adaptado).

Na esteira do desenvolvimento das tecnologias de informação e de comunicação, usos particulares da escrita foram surgindo.

Diante dessa nova realidade, segundo o texto, cabe à escola levar o aluno a

A)  

interagir por meio da linguagem formal no contexto digital.

B)   buscar alternativas para estabelecer melhores contatos on-line.
C)  

adotar o uso de uma mesma norma nos diferentes suportes tecnológicos.

D)   desenvolver habilidades para compreender os textos postados na web.
E)  

perceber as especificidades das linguagens em diferentes ambientes digitais.

Como resolver?

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