Preguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 204

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

se não o fizer, terá a opção de ver a solução ou escolher outra resposta.

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Pergunta 1016

Você pode não acreditar

Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os leiteiros deixavam as garrafinhas de leite do lado de fora das casas, seja ao pé da porta, seja na janela.
A gente ia de uniforme azul e branco para o grupo, de manhãzinha, passava pelas casas e não ocorria que alguém pudesse roubar aquilo.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que os padeiros deixavam o pão na soleira da porta ou na janela que dava para a rua. A gente passava e via aquilo como uma coisa normal.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que você saía à noite para namorar e voltava andando pelas ruas da cidade, caminhando displicentemente, sentindo cheiro de jasmim e de alecrim, sem olhar para trás, sem temer as sombras.
Você pode não acreditar: houve um tempo em que as pessoas se visitavam airosamente. Chegavam no meio da tarde ou à noite, Contavam casos, tomavam café, falavam da saúde, tricotavam sobre a vida alheia e voltavam de bonde às suas casas.
Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que o namorado primeiro ficava andando com a moça numa rua perto da casa dela, depois passava a namorar no portão, depois tinha ingresso na sala da família. Era sinal de que já estava praticamente noivo e seguro.
Houve um tempo em que havia tempo.
Houve um tempo.

SANT’ANNA, A. R. Estado de Minas. 5 maio 2013 (fragmento).

Nessa crônica, a repetição do trecho “Você pode não acreditar: mas houve um tempo em que…” configura-se como uma estratégia argumentativa que visa

A)  

surpreender o leitor com a descrição do que as pessoas faziam durante o seu tempo livre antigamente.

B)  

sensibilizar o leitor sobre o modo como as pessoas se relacionavam entre si num tempo mais aprazível.

C)  

advertir o leitor mais jovem sobre o mau uso que se faz do tempo nos dias atuais.

D)  

incentivar o leitora organizar melhor o seu tempo sem deixar de ser nostálgico.

E)  

convencer o leitor sobre a veracidade de fatos relativos à vida no passado.

Como resolver?

Pergunta 1017

E aqui, antes de continuar este espetáculo, e necessário que façamos uma advertência a todos e a cada um. Neste momento, achamos fundamental que cada um tome uma posição definida. Sem que cada um tome uma posição definida, não é possível continuarmos. É fundamental que cada um tome uma posição, seja para a esquerda, seja para a direita. Admitimos mesmo que alguns tomem uma posição neutra, fiquem de braços cruzados. Mas é preciso que cada um, uma vez tomada sua posição, fique nela! Porque senão, companheiros, as cadeiras do teatro rangem muito e ninguém ouve nada.

FERNANDES, M.; RANGEL, F. Liberdade, liberdade. Porto Alegre: L&PM, 2009,

A peça Liberdade, liberdade, encenada em 1964, apresenta o impasse vivido pela sociedade brasileira em face do regime vigente. Esse impasse é representado no fragmento pelo(a)

A)  

barulho excessivo produzido pelo ranger das cadeiras do teatro.

B)  

indicação da neutralidade como a melhor opção ideológica naquele momento.

C)  

constatação da censura em função do engajamento social do texto dramático.

D)  

correlação entre o alinhamento politico e a posição corporal dos espectadores.

E)  

interrupção do espetáculo em virtude do comportamento inadequado do público.

Como resolver?

Pergunta 1018

Primeira lição

Os gêneros de poesia são: lírico, satírico, didático, épico, ligeiro.
O gênero lírico compreende o lirismo.
Lirismo é a tradução de um sentimento subjetivo, sincero
e pessoal.
É a linguagem do coração, do amor.
O lirismo é assim denominado porque em outros tempos os
versos sentimentais eram declamados ao som da lira.

O lirismo pode ser:
a) Elegíaco, quando trata de assuntos tristes, quase sempre a morte.
b) Bucólico, quando versa sobre assuntos campestres.
c) Erótico, quando versa sobre o amor.
O lirismo elegíaco compreende a elegia, a nênia, a endecha, o epitáfio e o epicédio.
Elegia é uma poesia que trata de assuntos tristes.
Nênia é uma poesia em homenagem a uma pessoa morta.
Era declamada junto à fogueira onde o cadáver era incinerado.
Endecha é uma poesia que revela as dores do coração.
Epitáfio é um pequeno verso gravado em pedras tumulares.
Epicédio é uma poesia onde o poeta relata a vida de uma pessoa morta.

CESAR. A. C. Poética. São Paulo. Companhia das Letras, 2013

No poema de Ana Cristina Cesar, a relação entre as definições apresentadas e o processo de construção do texto indica que o(a)

A)  

caráter descritivo dos versos assinala uma concepção irônica de lirismo.

B)  

tom explicativo e contido constitui uma forma peculiar de expressão poética.

C)  

seleção e o recorte do tema revelam uma visão pessimista da criação artística.

D)  

enumeração de distintas manifestações líricas produz um efeito de impessoalidade.

E)  

referência a gêneros poéticos clássicos expressa a adesão do eu lírico às tradições literárias.

Como resolver?

Pergunta 1019

A atrizes

Naturalmente

Ela sorria

Mas não me dava trela

Trocava a roupa

Na minha frente

E ia bailar sem mais aquela

Escolhia qualquer um

Lançava olhares

Debaixo do meu nariz

Dançava colada

Em novos pares

Com um pé atrás

Com um pé a fim

Surgiram outras

Naturalmente

Sem nem olhar a minha Cara

Tomavam banho

Na minha frente

Para Sair com outro cara

Porém nunca me importei

Com tais amantes

(…)

com tantos filmes

Na minha mente

É natural que toda atriz

Presentemente represente

Muito para mim

CHICOBUARQUE Carioca, Rio de Janeiro Biscoito Fino, 2006 (fragmento)

Na Canção, Chico Buarque trabalha uma determinada função da linguagem para marcar a subjetividade do eu lírico ante as atrizes que ele admira. A intensidade dessa admiração está marcada em

 

A)  

“Naturalmente. Ela sorria/ Mas não me dava trela”

B)  

“Tomavam banho/ Na minha frente/ Para sair com outro Cara”.

C)  

“Surgiram outras Naturalmente/ Sem nem olhar a minha Cara”.

D)  

“Escolhia qualquer um/Lançava olhares / Debaixo do meu nariz”.

E)  

“É natural que toda atriz Presentemente represente/ Muito para mim”.

Como resolver?

Pergunta 1020

O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma interessante certidão de nascimento. De repente, no fim do século XVII, os poetas de Lisboa repararam que não podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um manancial de metáforas, pois possuía um nome “indecoroso” que não podia ser “usado em papéis sérios”: caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, significando “fogo”, e lampas, “candeia”.

FERREIRA, M. B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu das Linguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado).

O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do inseto, por questões de tabu linguístico. Esse tabu diz respeito à

A)  

recuperação histórica do significado.

B)  

ampliação do sentido de uma palavra.

C)  

produção imprópria de poetas portugueses.

D)  

denominação científica com base em termos gregos.

E)  

restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito socialmente.

Como resolver?

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