Preguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 136

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

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Pergunta 676

MEIRRELES, V. Moema, Óleo sobre tela, 129 cm x 190 cm. Masp, São Paulo, 1866.

Disponível em: www.masp.art.br. Acesso em: 13 ago. 2012 (adaptado).

Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre poema épico brasileiro, a filiação à estética romântica manifesta-se na 

A)  

exaltação do retrato fiel da beleza feminina.

B)  

tematização da fragilidade humana diante da morte.

C)  

ressignificação de obras do cânone literário nacional.

D)  

representação dramática e idealizada do corpo da índia.

E)  

oposição entre a condição humana e a natureza primitiva.

Como resolver?

Pergunta 677

A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas. Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma chibata moral, eis a a sentença proferida no tribunal do brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como “jogador – problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa suportaram o linchamento moral na derrota 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente” revelou a imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na seleção Brasileira”. Sua ousadia constituiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial.

Disponível em: https://observatorioracialfutebol.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado)

O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à

 

A)  

responsabilização dos jogadores negros pela derrota na final da Copa de 1950.

B)  

projeção mundial da nação por um esporte antes destinados aos pobres.

C)  

depreciação de um esporte associado a marginalidade.

D)  

interdição da palavra "racismo" no contexto esportivo.

E)  

atitude contestadora de um "jogador-problema".

Como resolver?

Pergunta 678

Devagar, devagarinho

 

Desacelerar é preciso. Acelerar não é  preciso. Afobados e voltados para o próprio umbigo, operamos, automatizados, falas robóticas e silêncios glaciais. Ilustra bem esse estado de espírito a música Sinal fechado (1969), de Paulinho de Viola. Trata-se da história de dois sujeitos que se encontram inesperadamente em um sinal de trânsito. A conversa entre ambos, porém, se deu rápida e rasteira. Logo, os personagens se despedem, com a promessa de se verem em outra oportunidade. Percebe-se um registro de comunicação vazia e superficial, cuja tônica foi o contato ligeiro e superficial construído pelos interlocutores: “Olá, como vai? / Estou indo, e você, tudo bem? / Tudo bem, eu vou indo correndo, / pegar meu lugar no futuro. E você? / Quanto tempo… / Pois é, quanto tempo… / Me perdoe a pressa / é a alma dos nossos negócios… / Oh! Não tem de quê. / Eu também só ando a cem”.
O culto à velocidade, no contexto apresentado, se coloca como fruto de um imediatismo processual que celebra o alcance dos fins sem dimensionar a qualidade dos meios necessários para atingir determinado propósito. Tal conjuntura favorece a lei do menor esforço – a comodidade – e prejudica a lei do maior esforço – a dignidade.
Como modelo alternativo à cultura fast, temos o movimento slow life, cujo propósito, resumidamente, é conscientizar as pessoas de que a pressa é inimiga da perfeição e do prazer, buscando assim reeducar seus sentidos para desfrutar melhor os sabores da vida.

SILVA, M. F. L. Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).

Nesse artigo de opinião, a apresentação da letras da canção Sinal Fechado é uma estratégia argumentativa que visa sensibilizar o leitor porque

A)  

adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida oferece.

B)  

exemplifica o fato criticado no texto com uma situação concreta.

C)  

contrapõe situações de aceleração e de serenidade na vida das pessoas.

D)  

questiona o clichê sobre a rapidez e a aceleração da vida moderna

E)  

apresenta soluções para a cultura da correria que as pessoas vivenciam hoje.

Como resolver?

Pergunta 679

TEXTO I

Correu à sala dos retratos, abriu o piano, sentou-se e espalmou as mãos no teclado. Começou a tocar alguma coisa própria, uma inspiração real e pronta, uma polca, uma polca buliçosa, como dizem os anúncios. Nenhuma repulsa da parte do compositor; os dedos iam arrancando as notas, ligando-as, meneando-as; dir-se-ia que a musa compunha e bailava a um tempo. […….] Compunha só, teclando ou escrevendo, sem os vãos esforços da véspera, sem exasperação, sem nada pedir ao céu, sem interrogar os olhos de Mozart. Nenhum tédio. Vida, graça, novidade, escorriam-lhe da alma como de uma fonte perene.

ASSIS, M. Um homem célebre. Disponivel em: www.biblio.com.br.
Acesso em: 2 jun. 2019.

TEXTO II

Um homem célebre expõe o suplicio do músico popular que busca atingir a sublimidade da obra-prima clássica, e com ela a galeria dos imortais, mas que é traído por uma disposição interior incontrolável que o empurra implacavelmente na direção oposta. Pestana, célebre nos saraus, salões, bailes e ruas do Rio de Janeiro por suas composições irresistivelmente dançantes, esconde-se dos rumores à sua volta num quarto povoado de ícones da grande música europeia, mergulha nas sonatas do classicismo vienense, prepara-se para o supremo salto criativo e, quando dá por si, é o autor de mais uma inelutável e saltitante polca.

WISNIK, J. M. Machado maxixe: o caso Pestana. Teresa: revista de literatura brasileira,
2004 (adaptado).

O conto de Machado de Assis faz uma referência velada a maxixe, gênero musical inicialmente associado à escravidão e à mestiçagem. No Texto II, o conflito do personagem em compor obras do gênero é representativo da

A)  

pouca complexidade musical das composições ajustadas ao gosto do grande público.

B)  

prevalência de referências musicais africanas no imaginário da população brasileira.

C)  

incipiente atribuição de prestígio social a músicas instrumentais feitas para a dança.

D)  

tensa relação entre o erudito e o popular na constituição da música brasileira.

E)  

importância atribuída à música clássica a sociedade brasileira do século XIX.

Como resolver?

Pergunta 680

A crise dos refugiados imortalizada para sempre no fundo do mar

TAYLOR, J. C. A balsa de Lampedusa. Instalação. Museu Atlântico, Lanzarote, Canárias, 2016 (detalhe)

A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista britânicos Jason de Caires Taylor, é uma das instalações criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu submarino da Europa, o Museu Atlântico, localizado em Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Canárias.

Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a grande maioria dos refugiados que saem da África ou de países como Síria, Líbano e Iraque tenta chegar para conseguir asilo no continente europeu.

As esculturas do Museu Atlântico icam a 14 metros de profundidade nas águas cristalinas de Lanzarote.

Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto a expressão do abandono. Entre elas, há algumas crianças. Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do bote, olha sem esperança o horizonte. A imagem é tão forte que dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte.

Disponível em: http://conexaoplaneta.com.br. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).

Além de apresentar ao público a obra A balsa de Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a função de chamar a atenção para

A)  

a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélago das Canárias, com vocação para o turismo.

B)  

as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas em embarcações precárias ao longo dos séculos.

C)  

a inovação relativa à construção de um museu no fundo do mar, que só pode ser visitado por mergulhadores.

D)  

a construção do museu submarino como um memorial para as centenas de imigrantes mortos nas travessias pelo mar.

E)  

a arte como perpetuadora de episódios marcantes da humanidade de que têm de ser relembrados para que não tomem a acontecer.

Como resolver?

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