Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias -> Filosofia, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.
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A filosofia política de Platão, como descrita em 'A República', é antidemocrática. Ele critica a democracia ateniense por ser um regime instável, governado pela opinião (doxa) e pelas paixões da multidão, em vez da razão e do conhecimento (episteme). Para Platão, a competência para governar não é um direito de todos, mas uma habilidade que requer um longo e árduo processo de educação. Por isso, a cidade ideal deveria ser governada por:
Os mais ricos, pois teriam mais interesse na estabilidade e prosperidade da cidade.
Um conselho de cidadãos idosos, que por sua experiência de vida teriam mais sabedoria.
Guerreiros corajosos, que seriam mais capazes de defender a cidade contra seus inimigos.
Filósofos-Reis, aqueles que, através da dialética, ascenderam do mundo sensível ao mundo inteligível e contemplaram a Forma do Bem.
Um estudante de teologia medieval debate sobre a natureza da fé e da razão. Ele defende que, embora a razão humana seja uma ferramenta valiosa dada por Deus, ela é limitada e deve ser iluminada pela fé para compreender as verdades divinas mais profundas. A razão prepara o caminho, mas a fé o completa. Essa tentativa de harmonizar fé e razão, dando primazia à iluminação divina, é característica de qual corrente filosófica?
Tomismo, que, influenciado por Aristóteles, busca uma síntese mais equilibrada entre fé e razão, onde ambas são vias autônomas para o conhecimento.
Nominalismo, que questiona a existência de universais e foca na singularidade dos indivíduos, separando drasticamente fé e razão.
Averroísmo latino, que defendia a doutrina da 'dupla verdade', sugerindo que uma proposição poderia ser verdadeira na filosofia e falsa na fé, e vice-versa.
Agostinismo, que, baseado em Platão, postula a teoria da iluminação divina, onde a verdade é alcançada quando a mente é iluminada pela graça de Deus.
Em sua análise do 'Panóptico' de Jeremy Bentham, um projeto de prisão ideal, Michel Foucault vê um modelo para o funcionamento do poder na sociedade disciplinar. A principal característica do Panóptico é a sua arquitetura, que consiste em uma torre central de vigilância e celas dispostas em um anel ao redor. A eficácia desse dispositivo de poder reside no fato de que:
O prisioneiro sabe que pode estar sendo vigiado a qualquer momento, mas não sabe quando está sendo vigiado de fato. Isso o leva a internalizar a vigilância e a se comportar como se estivesse sempre sendo observado.
Os prisioneiros podem se comunicar uns com os outros, formando um senso de comunidade e solidariedade.
O prisioneiro é constantemente visto pelo vigia na torre central, sem nunca poder vê-lo.
A punição física é aplicada de forma exemplar no centro do pátio, para que todos os prisioneiros vejam e temam o poder do soberano.
Na filosofia da mente, uma questão central é o problema mente-corpo. O dualismo, classicamente formulado por Descartes, postula que mente (substância pensante, 'res cogitans') e corpo (substância extensa, 'res extensa') são duas entidades radicalmente distintas. Um dos principais desafios para essa teoria, conhecido como o problema da interação, consiste em explicar:
Como a mente, sendo imaterial e não-espacial, pode causar eventos no corpo, que é material e espacial, e vice-versa.
Se os animais não-humanos possuem mentes ou se são meros autômatos, como Descartes sugeriu.
Como é possível que tenhamos conhecimento de outras mentes, se só temos acesso direto à nossa própria consciência.
Como as ideias inatas, como a de Deus, estão presentes na mente desde o nascimento sem terem vindo da experiência.
O imperativo categórico é o princípio supremo da moralidade na filosofia de Immanuel Kant. Ele é 'categórico' porque se aplica a todos os seres racionais incondicionalmente, independentemente de seus desejos ou fins particulares. Uma de suas formulações mais conhecidas, a 'fórmula da humanidade', afirma que devemos:
Agir de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas.
Agir de acordo com a virtude, buscando um meio-termo entre dois extremos viciosos.
Agir de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.
Agir em conformidade com a natureza, aceitando o destino e controlando as paixões que nos perturbam.