Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.
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O imperativo categórico é o princípio supremo da moralidade na filosofia de Immanuel Kant. Ele é 'categórico' porque se aplica a todos os seres racionais incondicionalmente, independentemente de seus desejos ou fins particulares. Uma de suas formulações mais conhecidas, a 'fórmula da humanidade', afirma que devemos:
Agir de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas.
Agir de acordo com a virtude, buscando um meio-termo entre dois extremos viciosos.
Agir de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.
Agir em conformidade com a natureza, aceitando o destino e controlando as paixões que nos perturbam.
A teoria do conhecimento de Aristóteles difere fundamentalmente da de seu mestre, Platão. Enquanto Platão acreditava que o conhecimento verdadeiro vinha da recordação de Formas inteligíveis, Aristóteles era um empirista. Para ele, todo conhecimento começa com a experiência sensível. O processo pelo qual o intelecto extrai o universal (a forma ou essência) a partir dos dados particulares fornecidos pelos sentidos é chamado de:
Dedução, o raciocínio que parte de premissas universais para chegar a uma conclusão particular, como no silogismo.
Anamnese, a recordação das Ideias contempladas pela alma antes do nascimento.
Dúvida metódica, o processo de questionar todas as crenças para encontrar uma certeza fundamental.
Indução (epagoge), a passagem do particular para o universal.
Heráclito de Éfeso, um filósofo pré-socrático, ficou conhecido por sua doutrina do 'devir' (vir-a-ser). Sua famosa afirmação de que 'não se pode entrar duas vezes no mesmo rio' ilustra sua ideia de que a realidade está em constante fluxo e transformação. Para Heráclito, a harmonia do cosmos não reside na estabilidade, mas em uma tensão dinâmica entre opostos (quente/frio, dia/noite, guerra/paz). O princípio que governa essa mudança constante e unifica os opostos é o:
Nous (Mente ou Intelecto), uma força externa que, para Anaxágoras, ordenou a mistura primordial de todas as coisas, dando origem ao cosmos.
Logos, uma razão universal, uma lei subjacente que ordena todo o fluxo do devir e que a alma humana pode compreender.
Amor e Ódio, duas forças cósmicas que, segundo Empédocles, atuam para unir e separar os quatro elementos fundamentais (terra, água, ar, fogo).
Ápeiron (o ilimitado), um princípio indefinido e infinito do qual todas as coisas se originam e para o qual retornam, como proposto por Anaximandro.
No contexto da filosofia helenística, uma escola de pensamento defendia que o objetivo da vida era alcançar a 'ataraxia', um estado de tranquilidade e ausência de perturbação da alma. Para isso, o indivíduo deveria evitar os prazeres passageiros e as dores, buscando um prazer moderado e duradouro, que consistia principalmente na amizade, na reflexão e na ausência de medo (da morte e dos deuses). Essa filosofia é conhecida como:
Cinismo, que defendia o desprezo pelas convenções sociais, a autossuficiência e uma vida simples e natural, como a de um cão.
Estoicismo, que pregava a aceitação do destino, o controle das paixões e a vida em acordo com a natureza (logos).
Epicurismo, fundado por Epicuro, que propunha um hedonismo calculado, buscando o prazer moderado e a paz de espírito no 'Jardim'.
Ceticismo, que afirmava a impossibilidade de se alcançar qualquer verdade definitiva e, por isso, defendia a suspensão do juízo (epoché).
Simone Weil, uma filósofa e mística do século XX, desenvolveu uma crítica profunda ao trabalho na sociedade industrial. Ela argumentava que o trabalho fabril, repetitivo e desprovido de sentido, oprime não apenas o corpo, mas também a alma e o pensamento do trabalhador, causando um estado de 'desgraça' (malheur). Para ela, a única forma de redenção no trabalho seria através de uma transformação que o tornasse:
Um instrumento de luta política para a tomada do poder pelo proletariado.
Mais bem remunerado, pois um salário maior compensaria o sofrimento e a alienação.
Uma forma de 'atenção', onde o trabalhador, mesmo em tarefas monótonas, pudesse exercer sua inteligência e sua espiritualidade, vendo a beleza na matéria e na necessidade.
Totalmente automatizado, eliminando a necessidade de qualquer esforço humano.