Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.
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Para Aristóteles, toda mudança no mundo pode ser explicada pela passagem da potência ao ato. Uma semente, por exemplo, não é uma árvore, mas tem o potencial de se tornar uma. O crescimento da semente em árvore é a atualização dessa potencialidade. O conceito que descreve a finalidade ou o propósito inerente a um ser, o 'fim para o qual' ele existe, é o de:
Causa Material, a matéria da qual algo é feito (a madeira da mesa).
Causa Final (telos), o propósito ou bem para o qual algo é feito (a função da mesa de servir para refeições).
Causa Formal, a forma ou essência de algo (o projeto da mesa na mente do carpinteiro).
Causa Eficiente, o agente que produz a mudança (o carpinteiro).
Em uma discussão em uma praça pública em Atenas, um filósofo argumenta que o verdadeiro conhecimento não reside nas aparências mutáveis do mundo que percebemos com nossos sentidos, mas em um reino de formas perfeitas e eternas, acessíveis apenas pela razão. Ele sugere que o mundo sensível é como uma sombra projetada na parede de uma caverna, uma cópia imperfeita da realidade verdadeira. Essa argumentação é central para o pensamento de qual filósofo?
Heráclito, com sua doutrina do 'panta rhei' (tudo flui), afirmando a constante transformação de todas as coisas.
Sócrates, com seu método maiêutico, que buscava parir o conhecimento inato na alma dos indivíduos.
Aristóteles, com sua teoria do ato e potência, que explica a mudança e o movimento no mundo físico.
Platão, com sua Teoria das Ideias ou Formas, que distingue o mundo sensível do mundo inteligível.
O conceito de 'ressentimento' em Nietzsche é crucial para sua genealogia da moral. Ele descreve o ressentimento como uma re-ação, uma vingança imaginária dos fracos contra os fortes. A moralidade que nasce do ressentimento, a 'moral de escravos', caracteriza-se por:
Ser criadora de valores, estabelecendo a distinção 'bom' versus 'ruim' a partir de uma autoafirmação nobre.
Começar por dizer 'sim' a si mesma, à força, à saúde e à vida, e só depois criar o conceito de 'ruim' como consequência.
Valorizar a coragem, a honra, o orgulho e a capacidade de esquecer as ofensas.
Precisar de um mundo exterior, de um 'outro' para odiar, para poder afirmar a si mesma. Seu primeiro ato criador é dizer 'não' ao que é diferente dela.
O conceito de 'biopoder', desenvolvido por Michel Foucault, descreve uma nova forma de poder que surge na modernidade. Diferente do poder soberano, que se concentrava no indivíduo e tinha o direito de 'fazer morrer ou deixar viver', o biopoder é um poder sobre a vida. Ele se exerce em dois níveis principais: a disciplina dos corpos individuais e a regulamentação da:
População, tratando os seres humanos como uma espécie, gerenciando taxas de natalidade, mortalidade, saúde pública e longevidade.
Linguagem, estabelecendo as regras gramaticais e os significados das palavras para uniformizar a comunicação.
Economia, planejando a produção e a distribuição de bens para garantir a prosperidade do Estado.
Consciência, buscando controlar os pensamentos e crenças dos cidadãos através da propaganda e da ideologia.
Um filósofo, ao refletir sobre a linguagem, argumenta que o significado de uma palavra não é o objeto que ela representa, mas sim seu uso dentro de um 'jogo de linguagem'. Assim como as peças de xadrez só têm sentido dentro das regras do jogo, as palavras só funcionam dentro de contextos sociais e práticos específicos. Essa crítica à visão tradicional da linguagem como mera representação da realidade é central na segunda fase do pensamento de:
Platão, que via a linguagem como uma ferramenta imperfeita para nomear as coisas do mundo sensível, que por sua vez eram cópias das Formas ideais.
Ferdinand de Saussure, que estabeleceu as bases da linguística estrutural, distinguindo entre 'langue' (o sistema) e 'parole' (o uso individual).
Noam Chomsky, que propôs a teoria de uma gramática gerativa universal, inata à mente humana.
Ludwig Wittgenstein, que em suas 'Investigações Filosóficas' abandonou sua visão anterior do 'Tractatus' e desenvolveu a ideia de jogos de linguagem.