Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.
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Um filósofo, observando o comportamento humano, conclui que as pessoas frequentemente agem com base em 'ressentimento'. Indivíduos fracos, incapazes de realizar seus desejos, criam uma moralidade que condena a força, a nobreza e a alegria dos poderosos, chamando de 'bom' aquilo que é fraco, humilde e passivo, e de 'mau' aquilo que é forte e autoafirmativo. Essa análise da 'moralidade de rebanho' ou 'moralidade de escravos' é uma peça central da genealogia da moral de:
Friedrich Nietzsche, que contrapôs a 'moral de senhores' (criadora de valores) à 'moral de escravos' (nascida do ressentimento).
Immanuel Kant, que baseou a moralidade no dever e na universalidade da lei moral.
Aristóteles, que definiu a virtude como um meio-termo entre dois extremos viciosos.
John Stuart Mill, que propôs o utilitarismo, onde a moralidade de uma ação é julgada por sua capacidade de promover a felicidade.
O problema do mal é um desafio teológico e filosófico que questiona como a existência do mal (sofrimento, crueldade, desastres naturais) pode ser compatível com a existência de um Deus que é onipotente, onisciente e onibenevolente. Uma resposta clássica a esse problema, associada a Santo Agostinho e Leibniz, é a 'teodiceia do livre-arbítrio'. Ela argumenta que:
O mal não existe realmente; é apenas uma ausência ou privação do bem, assim como a escuridão é a ausência de luz.
O mal é necessário para que possamos apreciar o bem e para que os seres humanos possam desenvolver virtudes morais como a compaixão e a coragem.
O mal moral (o pecado) não é culpa de Deus, mas resulta do mau uso que os seres humanos fazem de sua liberdade de escolha, um dom que é, em si mesmo, um grande bem.
Deus não é onipotente e, portanto, não consegue impedir o mal, embora deseje fazê-lo.
O filósofo contratualista John Locke é considerado um dos pais do liberalismo político. Ele parte do conceito de 'estado de natureza', mas sua visão é muito diferente da de Hobbes. Para Locke, o estado de natureza é regido por uma 'lei natural', que é a própria razão. Essa lei ensina a todos os homens que, sendo todos iguais e independentes, ninguém deve prejudicar o outro em seus:
Costumes e tradições, que devem ser preservados acima de qualquer lei ou direito individual.
Direitos à vida, à saúde, à liberdade e à propriedade, que são direitos naturais inalienáveis.
Desejos de poder e glória, pois todos têm o direito de buscar a dominação sobre os outros.
Bens comunais, pois no estado de natureza toda a terra e seus frutos pertencem a todos coletivamente.
A Estética é o ramo da filosofia que investiga a natureza da arte e do belo. Para Platão, a arte, em geral, é uma 'mímesis', ou seja, uma imitação. Considerando sua Teoria das Formas, a arte estaria em uma posição epistemologicamente frágil porque:
ela utiliza materiais caros e requer muito tempo para ser produzida, o que desvia recursos de atividades mais importantes como a política e a guerra.
ela é acessível a todas as classes sociais, o que ameaça a estrutura hierárquica da República ideal governada pelos filósofos.
ela é uma imitação de uma imitação; por exemplo, uma pintura de uma cama é a cópia de uma cama sensível, que já é uma cópia da Forma ideal de Cama.
ela expressa as emoções do artista de forma muito intensa, o que pode perturbar a ordem racional da alma e da cidade.
O ceticismo é uma corrente filosófica que questiona a possibilidade de se alcançar um conhecimento certo e indubitável. Pirro de Élida, considerado seu fundador, propunha a 'epoché' como atitude diante da incerteza. Aplicada ao campo da ética, essa atitude cética levaria à 'ataraxia', pois:
ao suspender o juízo sobre o que é verdadeiramente bom ou mau, o indivíduo se libertaria das perturbações e angústias causadas por crenças dogmáticas.
ao provar a existência de uma verdade moral absoluta, o cético encontraria a paz seguindo essa verdade.
ao se engajar em debates para refutar todas as opiniões, o cético fortaleceria sua alma e se tornaria indiferente ao sofrimento.
ao aceitar o destino como racional e inevitável, o cético aprenderia a controlar suas emoções e viver em harmonia com o cosmos.