Simulado ENEM

Cuestionario Simulado ENEM 2023 Online e Gratuito | Questões para Treinar | Página 4

Creado por: juanbacan

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Pergunta 16

Maio foi colorido de amarelo, e o foi porque mundialmente amarelo é a cor convencionada para as advertências. No trânsito, essas advertências têm sido fatais. A estimativa, caso nada seja feito, é a de que se atinjam assustadoras 2,4 milhões de mortes no trânsito em 2030 em todo o mundo.
A pressa constante, o sentimento de invencibilidade, a certeza de invulnerabilidade, a necessidade de poder, a falta de civilidade, a certeza de impunidade, a ausência de solidariedade, a inexistência de compaixão e o desrespeito por si próprio são circunstâncias reais que, não raro, concorrem para o comportamento violento no trânsito.
O Maio Amarelo, que preconiza a atenção pela vida, é uma das iniciativas nesse sentido. E é precisamente a atenção pela vida que está esquecida. Essa atenção, por certo, requer menos pressa, mais civilidade, limites assegurados, consciência de vulnerabilidade, solidariedade, compaixão e respeito por si e pelo outro. Reafirmar e praticar esses princípios e valores talvez seja um caminho mais seguro e menos violento, que garanta a vida e não celebre a morte.

Disponível em: http://portaldotransito.com.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).

Considerando os procedimentos argumentativos utilizados, infere-se que o objetivo desse texto é

A)

enumerar as causas determinantes da violência no trânsito.

B)

contextualizar a campanha de advertência no cenário mundial.

C)

divulgar dados numéricos alarmantes sobre acidentes de trânsito.

D)

sensibilizar o público para a importância de uma direção responsável.

E)

restringir os problemas da violência no trânsito a aspectos emocionais.

Como resolver?

Pergunta 17

Ainda daquela vez pude constatar a bizarrice dos costumes que constituíam as leis mais ou menos constantes do seu mundo: ao me aproximar, verifiquei que o Sr. Timóteo, gordo e suado, trajava um vestido de franjas e lantejoulas que pertencera a sua mãe. O corpete descia-lhe excessivamente justo na cintura, e aqui e ali rebentava através da costura um pouco da carne aprisionada, esgarçando a fazenda e tornando o prazer de vestir-se daquele modo uma autêntica espécie de suplício. Movia-se ele com lentidão, meneando todas as suas franjas e abanando-se vigorosamente com um desses leques de madeira de sândalo, o que o envolvia numa enjoativa onda de perfume. Não sei direito o que colocara sobre a cabeça, assemelhava-se mais a um turbante ou a um chapéu sem abas de onde saiam vigorosas mechas de cabelos alourados. Como era costume seu também, trazia o rosto pintado — e para isto, bem como para suas vestimentas, apoderara-se de todo o guarda-roupa deixado por sua mãe, também em sua época famosa pela extravagância com que se vestia — o que sem dúvida fazia sobressair-lhe o nariz enorme, tão característico da família Meneses.

CARDOSO, L. Crónica da casa assassinada. São Paulo: Circulo do Livro, s.d.

Pela voz de uma empregada da casa, a descrição de um dos membros da família exemplifica a renovação da ficção urbana nos anos 1950, aqui observada na

A)

opção por termos e expressões de sentido ambíguo.

B)

crítica social inspirada pelo convívio com os patrões.

C)

descrição impressionista do fetiche do personagem.

D)

presença de um foco narrativo de caráter impreciso.

E)

ambiência de mistério das relações entre familiares.

Como resolver?

Pergunta 18

Girassol da madrugada
Teu dedo curioso me segue lento no rosto
Os sulcos, as sombras machucadas por onde a
[vida passou.
Que silêncio, prenda minha… Que desvio triunfal
[da verdade,
Que círculos vagarosos na lagoa em que uma asa
[gratuita roçou..

Tive quatro amores eternos…
O primeiro era moça donzela,
O segundo… eclipse, boi que fala, cataclisma,
O terceiro era a rica senhora,
O quarto és tu… E eu afinal me repousei dos
[meus cuidados

 

ANDRADE, M. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013 (fragmento).

Perante o outro, o eu lírico revela, na força das memórias evocadas, a

A)

vergonha das marcas provocadas pela passagem do tempo.

B)

indecisão em face das possibilidades afetivas do presente.

C)

serenidade sedimentada pela entrega pacifica ao desejo.

D)

frustração causada pela vontade de retorno ao passado.

E)

disponibilidade para a exploração do prazer efêmero.

Como resolver?

Pergunta 19

Dão Lalalão
Do povoado do Ão, ou dos sítios perto, alguém precisava urgente de querer vir por escutar a novela do rádio. Ouvia-a, aprendia-a, guardava na ideia, e, retornado ao Ão, no dia seguinte, a repetia a outros.

Assim estavam jantando, vinham os do povoado receber a nova parte da novela do rádio. Ouvir já tinham ouvido tudo, de uma vez, fugia da regra: falhara ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador de galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que carregava um rádio pequeno, de pilhas, armara um fio no arame da cerca… Mas queriam escutar outra vez, por confirmação. — “A estória é estável de boa, mal que acompridada: taca e não rende…” — explicava o Zuz ao Dalberto.

Soropita começou a recontar o capitulo da novela. Sem trabalho, se recordava das palavras, até com clareza — disso se admirava. Contava com prazer de demorar, encher a sala com o poder de outros altos personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse contar aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de muito longe. O capitulo da novela estava terminando.

ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021.

Nesse trecho do conto, o gosto dos moradores do povoado por ouvir a novela de rádio recontada por Soropita deve-se ao(à)

A)

qualidade do som do rádio.

B)

estabilidade do enredo contado.

C)

ineditismo do capítulo da novela.

D)

jeito singular de falar aos ouvintes.

E)

dificuldade de compreensão da história.

Como resolver?

Pergunta 20

As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, consumido pelas chamas no mês de setembro de 2018, são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes raros. O museu abrigava, entre mais de 20 milhões de peças, os esqueletos com as respostas para perguntas que ainda não haviam sido respondidas — ou sequer feitas — por pesquisadores brasileiros. E o incêndio pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de línguas que não existem mais no mundo.

O acervo do local continha gravações de conversas, cantos e rituais de dezenas de sociedades indígenas, muitas feitas durante a década de 1960 com antigos gravadores de rolo e que ainda não haviam sido digitalizadas. Alguns dos registros abordavam línguas já extintas, sem falantes originais ainda vivos. “A esperança é que outras instituições tenham registros dessas línguas”, diz a linguista Marilia Facó Soares. A pesquisadora, que trabalha com os índios Tikuna, o maior grupo da Amazônia brasileira, crê ter perdido parte de seu material. “Terei que fazer novas viagens de campo para recompor meus arquivos. Mas obviamente não dá para recuperar a fala de nativos já falecidos, geralmente os mais idosos”, lamenta.

Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).

A perda dos registros linguísticos no incêndio do Museu Nacional tem impacto potencializado, uma vez que

A)

exige a retomada das pesquisas por especialistas de diferentes áreas.

B)

representa danos irreparáveis à memória e à identidade nacionais.

C)

impossibilita o surgimento de novas pesquisas na área.

D)

resulta na extinção da cultura de povos originários.

E)

inviabiliza o estudo da língua do povo Tikuna.

Como resolver?

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