Creado por: juanbacan
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O conceito de 'banalidade do mal', cunhado pela filósofa Hannah Arendt, surgiu de suas observações do julgamento de Adolf Eichmann, um oficial nazista responsável pela logística do Holocausto. Arendt concluiu que o mal perpetrado por Eichmann não vinha de uma profunda maldade ou monstruosidade, mas sim de:
Um desejo sádico e demoníaco de infligir sofrimento a outras pessoas.
Uma doença mental grave que o impedia de distinguir o certo do errado.
Uma extraordinária falta de pensamento, uma incapacidade de refletir sobre o significado de suas ações e de se colocar no lugar dos outros.
Uma adesão fanática a uma ideologia de ódio racial, que ele ajudou a criar.
Em um debate sobre ética na tecnologia, uma participante argumenta que, ao avaliar se um novo aplicativo é bom ou ruim, não devemos olhar para as intenções de seus criadores nem para regras morais abstratas. Em vez disso, devemos focar nas consequências práticas de seu uso: ele aumenta a felicidade geral, o bem-estar e o prazer, e diminui a dor e o sofrimento para o maior número de pessoas possível? Essa abordagem ética, que julga a moralidade de uma ação com base em seus resultados, é conhecida como:
Contratualismo, que fundamenta a moral e a política em um acordo ou contrato social hipotético entre indivíduos racionais.
Utilitarismo, uma ética consequencialista, desenvolvida por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que busca maximizar a felicidade geral.
Ética das Virtudes, que, originada em Aristóteles, foca no caráter do agente moral e na busca por uma vida virtuosa (eudaimonia).
Ética Deontológica, que, associada a Kant, baseia a moralidade no cumprimento do dever e em regras universais (imperativo categórico).
O conceito de 'ideologia', no pensamento de Karl Marx, não se refere a qualquer conjunto de ideias ou a uma visão de mundo. Ele tem um sentido específico e crítico, designando um sistema de crenças, valores e representações que:
expressa de forma transparente e verdadeira a realidade econômica e social de uma época.
é criado por filósofos e cientistas de forma neutra para explicar o funcionamento da sociedade.
inverte ou mascara as contradições sociais, apresentando os interesses particulares da classe dominante como se fossem interesses universais e naturais.
serve para criticar a sociedade capitalista e despertar a consciência de classe do proletariado.
A Revolução Científica do século XVII foi marcada pela superação do modelo cosmológico aristotélico-ptolomaico (geocêntrico) e pela ascensão de um novo método de investigação da natureza. Um pensador que foi fundamental para a formulação desse novo método, defendendo a experimentação, o método indutivo e a ideia de que 'saber é poder', ou seja, que a ciência deve servir para dominar a natureza em benefício da humanidade, foi:
Isaac Newton, que culminou a revolução com sua teoria da gravitação universal, unificando a física terrestre e a celeste.
Francis Bacon, que em sua obra 'Novum Organum' criticou a lógica dedutiva aristotélica e propôs um novo método baseado na indução e na observação sistemática.
Galileu Galilei, que com seu telescópio fez observações que refutaram o modelo geocêntrico e defendeu a matematização da natureza.
René Descartes, que propôs um método dedutivo baseado na razão e na matemática, e desenvolveu uma física mecanicista.
A Escolástica foi o método de pensamento crítico dominante nas universidades medievais europeias, caracterizado por um forte apelo à autoridade (da Bíblia, dos Pais da Igreja) e pelo uso da lógica para resolver contradições. Uma obra que exemplifica perfeitamente o método escolástico ao apresentar uma questão, listar argumentos 'contra' (sed contra), argumentos 'a favor', dar uma 'solução' (respondeo) e depois refutar os argumentos iniciais é:
'A Suma Teológica' de Tomás de Aquino, uma obra monumental que utiliza o método da 'disputatio' para tratar de inúmeras questões teológicas e filosóficas.
'As Confissões' de Santo Agostinho, uma autobiografia espiritual e filosófica que explora a busca por Deus.
'O Nome da Rosa' de Umberto Eco, um romance histórico que se passa em um mosteiro medieval e debate questões filosóficas.
'O Guia dos Perplexos' de Maimônides, que busca conciliar a filosofia aristotélica com a teologia judaica.