Simulado ENEM

Cuestionario Simulado ENEM 2024 Primeira Aplicação Gratuito | Prepare-se Online | Página 8

Creado por: juanbacan

Treine com o Simulado ENEM 2024 Primeira Aplicação gratuito. Pratique online com questões reais para o Exame Nacional do Ensino Médio e aumente suas chances de sucesso no ENEM que se aproxima.
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Pergunta 36

Cap. XLVIII / Terpsícore

Ao contrário do que ficou dito atrás, Flora não se aborreceu na ilha. Conjeturei mal, emendo-me a tempo. Podia aborrecer-se pelas razões que lá ficam, e ainda outras que poupei ao leitor apressado; mas, em verdade, passou bem a noite. A novidade da festa, a vizinhança do mar, os navios perdidos na sombra,
a cidade defronte com os seus lampiões de gás, embaixo e em cima, na praia e nos outeiros, eis aí aspectos novos que a encantaram durante aquelas horas rápidas.

Não lhe faltavam pares, nem conversação, nem alegria alheia e própria. Toda ela compartia da felicidade dos outros. Via, ouvia, sorria, esquecia-se do resto para se meter consigo. Também invejava a princesa imperial, que viria a ser imperatriz um dia, com o absoluto poder de despedir ministros e damas, visitas e requerentes, e ficar só, no mais recôndito do paço, fartando-se de contemplação ou de música. Era assim que Flora definia o ofício de governar. Tais ideias passavam e tornavam. De uma vez alguém lhe disse, como para lhe dar força: “Toda alma livre é imperatriz!”.

ASSIS, M. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1974.

Convidada para o último baile do Império, na Ilha Fiscal, localizada no Rio de Janeiro, Flora devaneia sobre aspectos daquele contexto, no qual o narrador ironiza a

A)

promessa de esperança com o futuro regime.

B)

alienação da elite em relação ao fim da monarquia.

C)

perspectiva da contemplação distanciada da capital.

D)

animosidade entre população e membros da nobreza.

E)

fantasia de amor e de casamento da mulher burguesa.

Como resolver?

Pergunta 37

Marília acorda

Tomo café em golinhos para não queimar meus lábios ressequidos. Como pão em pedacinhos para não engasgar com um farelo mais duro. Marília come também, mas olha o tempo todo para baixo. Parece que tem um acanhamento novo entre a gente. Termino. Olho mais uma vez pela janela. O dia está bom. Quero caminhar pelo pátio. Marília levanta, pega o andador e põe ao lado da cama. Ela sabe que eu quero levantar sozinha, e levanto. O lance de escadas, apesar de pequeno, ainda me causa problemas, mas não quero um elevador na casa e não vou tolerar descer uma rampa de cadeira de rodas. Marília abre a porta e saímos para a manhã. O dia está mais fresco do que eu imaginava. Ela pega uma manta de tricô que temos desde não sei quando e põe sobre as minhas costas. Ela aperta meus ombros com muita força, porque mesmo depois de todos esses anos, não descobriu a medida certa do carinho. Eu gosto. Porque entendo que naquele ato, naquela força está o nosso carinho.

POLESSO, N. B. Amora. Porto Alegre: Não Editora, 2015.

Nesse trecho, o drama do declínio físico da narradora transmite uma sensibilidade lírica centrada na

A)

necessidade de fazer adaptações na casa.

B)

atmosfera de afeto fortalecido pelo convívio.

C)

condição de dependência de outras pessoas.

D)

determinação de manter a regularidade da rotina.

E)

aceitação das restrições de mobilidade da personagem.

Como resolver?

Pergunta 38

Banco de preguntas

Disponível em: https://defesacivil.rs.gov.br.
Acesso em: 11 mar. 2024 (adaptado).

Nesse cartaz, a expressão “Vou deixar que você se vá”, em conjunto com os elementos não verbais utilizados, tem a finalidade de

A)

incentivar o descarte de itens defeituosos.

B)

promover a reciclagem de produtos usados.

C)

garantir a conservação de roupas de inverno.

D)

relacionar o gesto de doação à ideia de desapego.

E)

comparar a peça de roupa ao sentimento de despedida.

Como resolver?

Pergunta 39

Teclado amazônico

Em novembro de 2023, uma professora indígena recebeu uma missão: verter as regras de um jogo de tabuleiro infantil do português para o tukano, sua língua nativa. Com vinte anos de experiência como professora de línguas em Taracuá, no Amazonas, ela já se dedicava à tradução havia tempos. O trabalho ficou mais fácil graças a um aplicativo lançado no ano anterior: com o Linklado em seu computador, ela traduziu as sete páginas das instruções do jogo em dois dias. Sem esse recurso, a tarefa seria bem mais trabalhosa. Antes dele, diz a professora, as transcrições de línguas indígenas exigiam o esforço quase manual de produzir diacríticos (acentos gráficos)
e letras que não constam no teclado de aplicativos de mensagens ou programas de texto. Para a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), idealizadora do aplicativo, o Linklado representa uma revolução. O programa não restringe combinações de acentos, e isso poderá facilitar a criação de representações gráficas para fonemas que ainda não têm forma escrita. “Eu mirei em uma dor e atingimos várias outras”, diz. “O Linklado possibilita que o Brasil reconheça a sua diversidade linguística”, afirma uma antropóloga que é colega da pesquisadora no Inpa e faz parte da equipe do aplicativo. Ela defende que escrever na língua materna é uma das principais formas de preservá-la

Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br.
Acesso em: 3 fev. 2024 (adaptado).

De acordo com esse texto, o aplicativo Linklado contribuiu para a

A)

criação de fonemas representativos de línguas indígenas no meio digital.

B)

democratização do registro escrito de línguas dos povos originários.

C)

adaptação de regras de jogos de tabuleiro de origem indígena.

D)

divulgação das técnicas de tradução de línguas indígenas.

E)

aprendizagem da língua portuguesa pelos indígenas.

Como resolver?

Pergunta 40

— Eu lhe juro, Aurélia. Estes lábios nunca tocaram a face de outra mulher, que não fosse minha mãe. Meu primeiro beijo de amor, guardei-o para minha esposa, para ti…
[…]
— Ou de outra mais rica! — disse ela, retraindo-se para fugir ao beijo do marido, e afastando-o com a ponta dos dedos. A voz da moça tomara o timbre cristalino, eco da rispidez e aspereza do sentimento que lhe sublevava o seio, e que parecia ringir-lhe nos lábios como aço.
— Aurélia! Que significa isto?
— Representamos uma comédia, na qual ambos desempenhamos o nosso papel com perícia consumada. Podemos ter este orgulho, que os melhores atores não nos excederiam. Mas é tempo de pôr termo a esta cruel mistificação, com que nos estamos escarnecendo mutuamente, senhor. Entremos na realidade por mais triste que ela seja; e resigne-se cada um ao que é, eu, uma mulher traída; o senhor, um homem vendido.
— Vendido! — exclamou Seixas ferido dentro d’alma.
— Vendido, sim: não tem outro nome. Sou rica, muito rica; sou milionária; precisava de um marido, traste indispensável às mulheres honestas. O senhor estava no mercado; comprei-o. Custou-me cem contos de réis, foi barato; não se fez valer. Eu daria o dobro, o triplo, toda a minha riqueza por este momento.

ALENCAR, J. Senhora. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 2003.

Ao tematizar o casamento, esse fragmento reproduz uma concepção de literatura romântica evidenciada na

A)

defesa da igualdade de gêneros.

B)

importância atribuída à castidade.

C)

indignação com as injustiças sociais.

D)

interferência da riqueza sobre o amor.

E)

valorização das relações interpessoais.

Como resolver?

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