Preguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 236

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

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Pergunta 1176

História de assombração

 

 Ah! Eu alembro uma história que aconteceu com meu tii. Era dia de Sexta-Feira da Paixão, diz que eles falava pra meu tii não num vai pescá não. Ele foi assim mesmo, aí chegô lá, ele tá pescano… tá pescano… e nada de pexe. Aí saiu um mundo véi de cobra em cima dele, aí ele foi embora… Aí até ele memo contava isso e falava É… nunca mais eu vou pescar no dia de Sexta-Feira da Paixão…

COSTA, S. A. S. Narrativas tradicionais tapuias. Goiânia: UFG, 2011 (adaptado).

Quanto ao gênero do discurso e à finalidade social do texto História de assombração, a organização textual e as escolhas lexicais do locutor indicam que se trata de um(a)

A)  

criação literária em prosa, que provoca reflexão acerca de problemas cotidianos.

B)  

texto acadêmico, que valoriza o estudo da linguagem regional e de suas variantes.

C)  

relato oral, que objetiva a preservação da herança cultural da comunidade.

D)  

conversa particular, que favorece o compartilhar de informações e experiências pessoais.

E)  

anedota regional, que evidencia a fala e o vocabulário exclusivo de um grupo social.

Como resolver?

Pergunta 1177

 

Reciclar é só parte da solução

 

O lixo é um grande problema da sustentabilidade. Literalmente: todos os anos, cada brasileiro produz 385 kg de resíduos — dá 61 milhões de toneladas no total. O certo seria tentar diminuir ao máximo essa quantidade de lixo. Ou seja, em vez de ter objetos recicláveis, o ideal seria produzir sempre objetos reutilizáveis, o que diminui os resíduos. Mas, enquanto isso não acontece, temos que nos contentar com a reciclagem. E é aí que vem um detalhe perigoso: reciclar o lixo também polui o ambiente e gasta energia. Reciclar vidro, por exemplo, é 15% mais caro do que produzi-lo a partir de matérias-primas virgens. Afinal, é feito basicamente de areia, soda e calcário, que são abundantes na natureza. Então, nenhuma empresa tem interesse em reciclá-lo. Já o alumínio é um supernegócio, porque economiza muita energia.

HORTA, M. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 25 maio 2012.

O emprego adequado dos elementos de coesão contribui para a construção de um texto argumentativo e para que os objetivos pretendidos pelo autor possam ser alcançados. A análise desses elementos no texto mostra que o conectivo

A)  

“ou seja” introduz um esclarecimento sobre a diminuição da quantidade de lixo.

B)  

“mas” instaura justificativas para a criação de novos tipos de reciclagem.

C)  

C “também” antecede um argumento a favor da reciclagem.

D)  

“afinal” retoma uma finalidade para o uso de matériasprimas

E)  

“então” reforça a ideia de escassez de matérias-primas na natureza.

Como resolver?

Pergunta 1178

Contam, numa anedota, que certo dia Rui Barbosa saiu às ruas da cidade e se assustou com a quantidade de erros existentes nas placas das casas comerciais e que, diante disso, resolveu instituir um prêmio em dinheiro para o comerciante que tivesse o nome de seu estabelecimento grafado corretamente. Dias depois, Rui Barbosa saiu à procura do vencedor. Satisfeito, encontrou a placa vencedora: “Alfaiataria Águia de Ouro”. No momento da entrega do prêmio, ao dizer o nome da alfaiataria, Rui Barbosa foi interrompido pelo alfaiate premiado, que disse:

— Sr. Rui, não é “águia de ouro”; é “aguia de ouro”!

O caráter político do ensino de língua portuguesa no Brasil. Disponível em:
http://rosabe.sites.uol.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012.

A variação linguística afeta o processo de produção dos sentidos no texto. No relato envolvendo Rui Barbosa, o emprego das marcas de variação objetiva

A)  

evidenciar a importância de marcas linguísticas valorizadoras da linguagem coloquial.

B)  

demonstrar incômodo com a variedade característica de pessoas pouco escolarizadas.

C)  

estabelecer um jogo de palavras a fim de produzir efeito de humor.

D)  

criticar a linguagem de pessoas originárias de fora dos centros urbanos.

E)  

estabelecer uma política de incentivo à escrita correta das palavras.

Como resolver?

Pergunta 1179

Eu vô transmiti po sinhô logo uma passage muito importante, qu’ eu iscutei um velho de nome Ricardo Caetano Alves, que era neto do propietário da Fazenda do Buraca. O pai dele, ele contava que o pai dele assistiu uma cena muito importante aonde ele tava, do Jacarandá, o chefe dos iscravo do Joaquim de Paula, com o chefe dos iscravo do Vidigal, que chamava, era tratado Pai Urubu. O Jacarandá era tratado Jacarandá purque ele era um negro mais vermelho, tá intendeno com’ é que é, né? Intão é uma imitância de cerno de Jacarandá, intão eles apilidaro ele de Pai Jacarandá. Agora, o Pai Urubu, diz que era o mais preto de todos os iscravo que era cunhicido nessa época. Intão ele ficô com o nome Pai Urubu. É quem dirigia, de toda confiança dos sinhores. Intão os sinhores cunhiciam eles como “pai”: Pai Urubu, Pai Jacarandá, Pai Francisco, que é o chefe da Fazenda das Abóbra, Pai Dumingo, que era da Fazenda do Buraca.

SOUZA, J. Negros pelo vale. Belo Horizonte: Fale-UFMG, 2009.

O texto é uma transcrição da narrativa oral contada por Pedro Braga, antigo morador do povoado Vau, de Diamantina (MG). Com base no registro da fala do narrador, entende-se que seu relato

A)  

perpetua a memória e os saberes dos antepassados.

B)  

constrói uma voz dissonante da identidade nacional.

C)  

demonstra uma visão distanciada da cultura negra.

D)  

revela uma visão unilateral dos fazendeiros.

E)  

transmite pouca experiência e sabedoria.

Como resolver?

Pergunta 1180

Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou talvez, vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.

ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001 (fragmento).

Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreende-se a predominância de uma das funções da linguagem, identificada como

A)  

metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários sinônimos e definições.

B)  

referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.

C)  

fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.

D)  

poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego de “hipotrélico”.

E)  

expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida “talvez”.

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