Preguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 210

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

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Pergunta 1046

TEXTO I
Terezinha de Jesus
De uma queda foi ao chão
Acudiu três cavalheiros
Todos os três de chapéu na mão

O primeiro foi seu pai
O segundo, seu irmão
O terceiro foi aquele
A quem Tereza deu a mão

ATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).

TEXTO II
Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.

Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.

 

O comentário do texto II sobre o texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados
contextos,

A)  

assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.

B)  

mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.

C)  

conserva a influência religiosa sobre certas culturas.

D)  

preserva a diversidade cultural e comportamental.

E)  

reforça comportamentos e padrões culturais.

Como resolver?

Pergunta 1047

O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é verdade?

Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso, do movimento da face e da vocalização — nós compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram observadas vocalizações ultrassônicas – que nós não somos capazes de perceber – e que eles emitem quando estão brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso, o outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia dos animais é que não temos apenas esse mecanismo básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós, mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não é tão evoluído como o nosso. Temos mecanismos corticais que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada.

Disponível em http://globonews.globo.com. Acesso em 31 maio 2012 (adaptado)

A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do texto. Analisando o trecho “Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro”, verifica-se que ele estabelece com a oração seguinte uma relação de

A)  

finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade provocar a falta de vocalização dos ratos.

B)  

oposição, visto que o dano causado em um local específico no cérebro é contrário à vocalização dos ratos.

C)  

condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro para que não haja vocalização dos ratos.

D)  

consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização dos ratos é o dano causado no cérebro.

E)  

proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é mais possível que haja vocalização dos ratos.

Como resolver?

Pergunta 1048

Soneto VII

Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.

Uma fonte aqui  houve; eu  não  me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quando pode dos anos o progresso!

Árvores  aqui vi  tão  florescentes
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.

Eu me  engano: a região esta  não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera.

(COSTA, C.M. Poemas. Disponível em  www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 7 jul  2012)

No soneto de  Claudio Manuel da Costa, a cangústia provocada pela sensação de solidão.ontemplação da  paisagem permite  ao  eu  lírico uma reflexão em que transparece uma

A)  

angústia provocada pela sensação de solidão.

B)  

resignação diante das mudanças do meio ambiente.

C)  

dúvida existencial em face do espaço desconhecido.

D)  

intenção de recriar o passado por meio da paisagem.

E)  

empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.

Como resolver?

Pergunta 1049

Garcia tinha-se chegado ao cadáver, levantara o lenço e contemplara por alguns instantes as feições
defuntas. Depois, como se a morte espiritualizasse tudo, inclinou-se e beijou-a na testa. Foi nesse momento que Fortunato chegou à porta. Estacou assombrado; não podia ser o beijo da amizade, podia ser o epílogo de um livro adúltero […].
Entretanto, Garcia inclinou-se ainda para beijar outra vez o cadáver, mas então não pôde mais. O beijo rebentou em soluços, e os olhos não puderam conter as lágrimas, que vieram em borbotões, lágrimas de amor calado, e irremediável desespero. Fortunato, à porta, onde ficara, saboreou tranquilo essa explosão de dor moral que foi longa, muito longa, deliciosamente longa.

ASSIS, M. A causa secreta, Disponível em: www.dominimopublico.gov.br
Acesso em: 9 out. 2015.

No fragmento, o narrador adota um ponto de vista que acompanha a perspectiva de Fortunato. O que singulariza esse procedimento narrativo é o registro do(a)

A)  

indignação face à suspeita do adultério da esposa.

B)  

tristeza compartilhada pela perda da mulher amada.

C)  

espanto diante da demonstração de afeto de Garcia.

D)  

prazer da personagem em relação ao sofrimento alheio.

E)  

superação do ciúme pela comoção decorrente da morte.

Como resolver?

Pergunta 1050

PINHÃO Sai ao mesmo tempo que BENONA entra.

BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.

EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.

BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.

EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!

BENONA: Isso são coisas passadas.

EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais. E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.

SUASSUNA, A. O santo e a porca, Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento)

Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a” contribui para

A)  

marcar a classe social das personagens.

B)  

caracterizar usos linguísticos de uma região.

C)  

enfatizar a relação familiar entre as personagens.

D)  

sinalizar a influência do gênero nas escolhas vocabulares.

E)  

demonstrar o tom autoritário da fala de uma das personagens.

Como resolver?

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