Disponível em: www.normagrimberg.com.br. Acesso em: 13 dez. 2017.
Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.
se não o fizer, terá a opção de ver a solução ou escolher outra resposta.
Se desejar saber como solucionar cada pergunta, pode clicar na opção 'Como resolver?'
As duas imagens são produções que têm a cerâmica como matéria-prima. A obra Estrutura vertical dupla se distingue da urna funerária marajoara ao
evidenciar a simetria na disposição das peças.
materializar a técnica sem função utilitária.
abandonar a regularidade na composição.
anular possibilidades de leituras afetivas.
integrar o suporte em sua constituição.
A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo
com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público.
Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24jun. 2014
Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é um(a)
reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do texto.
resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desconhecida.
sinopse, pois sintetiza as informações relevantes de uma obra de modo impessoal.
instrução, pois ensina algo por meio de explicações sobre uma obra específica.
resenha, pois apresenta uma produção intelectual de forma crítica.
A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. […] O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia ã alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte ainda aparece nos campos, […] algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade.
GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra. Porto Alegre: L&PM Pockets, 1995 (adaptado).
O texto indica que as mudanças nas práticas corporais, especificamente no futebol,
fomentaram uma tecnocracia, promovendo uma vivência mais lúdica e irreverente.
promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos, para que fossem inovadores.
incentivaram a associação dessa manifestação à fruição, favorecendo o improviso.
tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa.
contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem como acompanhado de torcedores.
Eu sobrevivi do nada, do nada
Eu não existia
Não tinha uma existência
Não tinha uma matéria
Comecei existir com quinhentos milhões
e quinhentos mil anos
Logo de uma vez, já velha
Eu não nasci criança, nasci já velha
Depois é que eu virei criança
E agora continuei velha
Me transformei novamente numa velha
Voltei ao que eu era, uma velha
PATROCÍNIO, S. In: MOSÉ, V. (Org ). Reino dos bichos e dos animais é meu nome. Rio de Janeiro: Azougue, 2009
Nesse poema de Stela do Patrocínio, a singularidade da expressão lírica manifesta-se na
representação da infância, redimensionada no resgate da memória.
associação de imagens desconexas, articuladas por uma fala delirante.
expressão autobiográfica, fundada no relato de experiências de alteridade.
incorporação de elementos fantásticos, explicitada por versos incoerentes
transgressão à razão, ecoada na desconstrução de referências temporais.
TEXTO I
Também chamados impressões ou imagens fotogramáticas […], os fotogramas são, numa definição genérica, imagens realizadas sem a utilização da câmera fotográfica, por contato direto de um objeto ou material com uma superfície fotossensível exposta a uma fonte de luz. Essa técnica, que nasceu junto com a fotografia e serviu de modelo a muitas discussões sobre a ontologia da imagem fotográfica, foi profundamente transformada pelos artistas da vanguarda, nas primeiras décadas do século XX. Representou mesmo, ao lado das colagens, fotomontagens e outros procedimentos técnicos, a incorporação definitiva da fotografa à arte moderna e seu distanciamento da representação figurativa.
COLUCCI, M. B. Impressões fotogramáticas e vanguardas: as experiências de Man Ray. Studium, n. 2, 2000.
TEXTO II
No fotograma de Man Ray, o “distanciamento da representação figurativa” a que se refere o Texto I manifesta-se na
ressignificação do jogo de luz e sombra, nos moldes surrealistas.
imposição do acaso sobre a técnica, como crítica à arte realista.
composição experimental, fragmentada e de contornos difusos.
abstração radical, voltada para a própria linguagem fotográfica.
imitação de formas humanas, com base em diferentes objetos.