Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias -> Filosofia, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.
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Na filosofia de Platão, o conhecimento verdadeiro (episteme) se diferencia da mera opinião (doxa). A opinião se baseia na percepção do mundo sensível, que é mutável e imperfeito. O conhecimento, por outro lado, tem como objeto as Formas ou Ideias, que são eternas e imutáveis. O processo pelo qual a alma se recorda das Formas, que ela contemplou antes de se encarnar em um corpo, é chamado de:
Abstração, o processo de derivar conceitos gerais a partir de experiências particulares, como na teoria de Aristóteles.
Anamnese ou reminiscência, a teoria de que aprender é, na verdade, recordar.
Maiêutica, o método socrático de 'dar à luz' o conhecimento através do diálogo.
Dialética, o método de ascensão do sensível ao inteligível, que culmina na visão da Forma do Bem.
Um dos debates centrais da filosofia medieval foi a 'questão dos universais'. O problema era saber se os termos gerais, como 'humanidade' ou 'animal', correspondem a algo real fora da mente. A posição que afirma que os universais existem realmente, como essências ou formas, seja no mundo (como em Aristóteles) ou em um reino separado (como em Platão), é conhecida como:
Ceticismo, que argumenta que não podemos saber se os universais existem ou não e, portanto, devemos suspender o juízo.
Realismo, que defende a existência real dos universais, independentemente das mentes que os pensam.
Conceitualismo, uma posição intermediária que diz que os universais existem como conceitos na mente, formados por abstração a partir de indivíduos semelhantes.
Nominalismo, que sustenta que os universais são apenas nomes ou palavras ('flatus vocis'), e que apenas os indivíduos particulares existem.
O Estoicismo, uma das principais escolas filosóficas do período helenístico e romano, propunha um ideal de vida baseado na 'apatheia' (imperturbabilidade) e na vida em acordo com a natureza. Para os estoicos, o universo é governado por uma razão divina, o 'Logos' ou 'Fatum' (destino). Diante disso, a atitude do sábio deve ser a de:
Reconhecer o que está em seu poder e o que não está, e aceitar com serenidade aquilo que não pode mudar, pois faz parte da ordem racional do cosmos.
Buscar o máximo de prazer e evitar a dor, calculando as consequências de cada ação.
Duvidar de tudo e suspender o juízo, pois é impossível conhecer a verdadeira natureza da realidade.
Tentar mudar o curso dos acontecimentos através da ação política e da força, para adequar o mundo aos seus desejos.
O filósofo contemporâneo Jürgen Habermas, herdeiro da Teoria Crítica, busca fundamentar a possibilidade de uma crítica racional da sociedade. Em sua 'Teoria do Agir Comunicativo', ele argumenta que, implícita em todo ato de fala que visa o entendimento, existe uma 'situação ideal de fala'. Esta situação é caracterizada pela ausência de coerção, onde o melhor argumento prevalece, e serve como um padrão normativo para:
Justificar o domínio da razão instrumental e da burocracia na sociedade moderna.
Desenvolver técnicas de retórica e persuasão para vencer debates, independentemente da verdade ou da justiça da causa.
Criticar as formas de comunicação sistematicamente distorcidas pelo poder e pelo dinheiro, e para orientar a busca por uma sociedade mais democrática e emancipada.
Provar que a linguagem é apenas um jogo de poder e que qualquer busca por consenso é uma ilusão.
A ética de Aristóteles é uma 'ética das virtudes'. A virtude (areté) é uma disposição de caráter, adquirida pelo hábito, que leva o indivíduo a agir de forma excelente. Para as virtudes morais, como a coragem ou a generosidade, Aristóteles propõe a 'Doutrina do Meio-Termo' (ou justa medida), segundo a qual a virtude consiste em:
Sempre escolher o caminho do meio exato em todas as situações, como comer exatamente metade do que se deseja.
Seguir uma regra moral universal que se aplique a todas as pessoas em todas as circunstâncias, sem exceção.
Atingir os extremos da paixão e da ação, pois a virtude estaria na intensidade dos sentimentos e não na moderação.
Um ponto intermediário entre dois vícios, um por excesso e outro por falta, que é relativo a nós e determinado pela razão prática (phronesis).