Preguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias | Simulado ENEM 2025 | Página 110

Nesta seção você encontrará milhares de perguntas de Ciências Humanas e suas Tecnologias, como resolver cada uma das perguntas e a resposta correta.

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Pergunta 546

Foram esses cientistas Xavante que esclareceram os mistérios da germinação de cada uma das sementes. Eles tinham o conhecimento para quebrar a dormência.
O fogo era fundamental para muitas; para outras, o caminho para despertar passava pelo sistema digestivo dos animais silvestres. “Essa planta nasce depois que fazemos a caçada com fogo, diziam eles, esta outra quando a anta caga a semente, aquela precisa ser comida pelo lobo”. Aliando os conhecimentos dos cientistas da aldeia e da cidade, essa área do Cerrado foi recuperada totalmente.

PAPPIANI, A. Tecnologias indígenas: esplendor e captura.
Disponível m: https://outraspalavras.net.
Acesso em: 10 out. 2019 (adaptado).

No texto, a relação socioespacial dos indígenas evidencia a importância do(a)

A)  

prática agrícola para a logística nacional.

B)  

cultivo de hortaliças para o consumo urbano.

C)  

saber tradicional para a conservação ambiental.

D)  

criação de gado para o aprimoramento genético.

E)  

reflorestamento comercial para a produção orgânica.

Como resolver?

Pergunta 547

O complexo de falar difícil

O que importa realmente é que o(a) detentor(a) do notável saber jurídico saiba quando e como deve fazer uso desse português versão 2.0, até porque não tem necessidade de alguém entrar numa padaria de manhã com aquela cara de sono falando o seguinte: “Por obséquio, Vossa Senhoria teria a hipotética possibilidade de estabelecer com minha pessoa uma relação de compra e venda, mediante as imposições dos códigos Civil e do Consumidor, para que seja possível a obtenção de 10 pãezinhos em temperatura estável para que a relação pecuniária no valor de R$ 5,00, seja plenamente legitima e capaz de saciar minha fome matinal?”

O problema é que temos uma cultura de valorizar quem demonstra ser inteligente ao invés de valorizar quem é. Pela nossa lógica, todo mundo que fala difícil tende a ser mais inteligente do que quem valoriza o simples, e 99,9% das pessoas que estivessem na padaria iriam ficar boquiabertas se alguém fizesse uso das palavras que eu disse acima em plenas 7 da manhã em vez de dizer: “Bom dia! O senhor poderia me vender cinco reais de pão francês?”.

Agora entramos na parte interessante: o que realmente é falar difícil? Simplesmente fazer uso de palavras que a maioria não faz ideia do que seja é um ato de falar difícil? Eu penso que não, mas é assim que muita gente age. Falar difícil é fazer uso do simples, mas com coerência e coesão, deixar tudo amarradinho gramaticamente falando. Falar difícil pode fazer alguém parecer inteligente, mas não por muito tempo. É claro que em alguns momentos na verdade vários não temos como fugir do português rebuscado, do juridiquês propriamente dito, como no caso de documentos jurídicos entre outros.

 

ARAÚJO, H. Disponível em: https://diariojurista.com.br. Acesso em: 20 nov. 2021 (adaptado).

Nesse artigo de opinião, ao fazer uso de uma fala rebuscada no exemplo da compra do pão, o autor evidencia a importância de(a)

A)  

se ter um notável saber jurídico.

B)  

valorização da inteligência do falante.

C)  

falar difícil para demonstrar inteligência.

D)  

coesão e da coerência em documentos jurídicos.

E)  

adequação da linguagem à situação de comunicação.

Como resolver?

Pergunta 548

O governo Vargas, principalmente durante o Estado Novo (1937-1945), pretendeu construir um Estado capaz de criar uma nova sociedade. Uma dimensão-chave desse projeto tinha no território seu foco principal. Não por acaso, foram criadas então instituições encarregadas de fornecer dados confiáveis para a ação do governo, como o Conselho Nacional de Geografia, o Conselho Nacional de Cartografia, o Conselho Nacional de Estatística e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este de 1938.

LIPPI, L. A conquista do Oeste. Disponivel em: http://cpdoc.fgv.br.
Acesso em: 7 nov. 2014 (adaptado).

A criação dessas instituições pelo governo Vargas representava uma estratégia política de

A)  

levantar informações para a preservação da paisagem dos sertões.

B)  

controlar o crescimento exponencial da população brasileira.

C)  

obter conhecimento científico das diversidades

D)  

conter o fluxo migratório do campo para a cidade.

E)  

propor a criação de novas unidades da federação.

Como resolver?

Pergunta 549

O protagonismo indígena vem optando por uma estratégia de “des-invisibilização”, valendo-se da dinâmica das novas tecnologias. Em outubro de 2012, após receberem uma liminar lhes negando o direito a permanecer em suas terras, os Guarani de Pyelito Kue divulgaram uma carta na qual se dispunham a morrer, mas não a sair de suas terras. Essse fato foi amplamente divulgado, gerando uma grande mobilização na internet, que levou milhares de pessoas a escolherem seu lado, divulgando a hashtag “#somostodosGuarani-Kaiowá” ou acrescentando o sobrenome Guarani-Kaiowá a seus nomes nos perfis das principais redes sociais.

CAPIBERIBE, A.; BONILLA, O. A ocupação do Congresso: contra o que lutam os índios? Estudos Avançados, n. 83, 2015 (adaptado).

A estratégia comunicativa adotada pelos indígenas, no contexto em pauta, teve por efeito

A)  

enfraquecer as formas de militância política.

B)  

abalar a identidade de povos tradicionais.

C)  

inserir as comunidades no mercado global.

D)  

distanciar os grupos de culturas locais.

E)  

angariar o apoio de segmentos étnicos externos.

Como resolver?

Pergunta 550

Nem guerras, nem revoltas. Os incêndios eram o mais frequente tormento da vida urbana no Regnum Italicum. Entre 880 e 1080, as cidades estiveram constantemente entregues ao apetite das chamas. A certa altura, a documentação parece vencer pela insistência do vocabulário, levando até o leitor mais crítico a cogitar que os medievais tinham razão ao tratar aqueles acontecimentos como castigos que antecediam o julgamento final. Como um quinto cavaleiro apocalíptico, o incêndio agia ao feitio da peste ou da fome: vagando mundo afora, retornava de tempos em tempos e expurgava justos e pecadores num tormento derradeiro, como insistiam os textos do século X. O impacto acarretado sobre as relações sociais era imediato e prolongava-se para além da destruição material. As medidas proclamadas pelas autoridades faziam mais do que reparar os danos e reconstruir a paisagem: elas convertiam a devastação em ocasião para alterar e expandir não só a topografia urbana, mas as práticas sociais até então vigentes.

RUST, L. D. Uma calamidade insaciável. Rev. Bras. Hist., n. 72, maio-ago. 2016 (adaptado).

De acordo com o texto, a catástrofe descrita impactava as sociedades medievais por proporcionar a

A)  

correção dos métodos preventivos e das regras sanitárias.

B)  

revelação do descaso público e das degradações ambientais.

C)  

transformação do imaginário popular e das crenças religiosas.

D)  

remodelação dos sistemas políticos e das administrações locais.

E)  

reconfiguração dos espaços ocupados e das dinâmicas comunitárias.

Como resolver?

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