Creado por: juanbacan
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Um político, em seu discurso, defende que a principal função do Estado não é garantir a felicidade ou a virtude dos cidadãos, mas sim assegurar a paz e a segurança a qualquer custo. Ele argumenta que, no 'estado de natureza', a vida humana seria 'solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta', uma guerra de todos contra todos. Portanto, os indivíduos devem ceder parte de sua liberdade a um soberano absoluto em troca de proteção. Essa visão política é fundamentada no pensamento de:
Aristóteles, que definia o ser humano como um 'animal político' (zoon politikon) que naturalmente se realiza na vida em comunidade (pólis).
Jean-Jacques Rousseau, que idealizava o 'bom selvagem' no estado de natureza e via a sociedade civil como a origem da desigualdade.
Thomas Hobbes, que em sua obra 'Leviatã' descreve o estado de natureza como uma guerra generalizada e justifica a necessidade de um poder soberano forte.
John Locke, que via o estado de natureza como regido por leis naturais e defendia um governo limitado para proteger os direitos à vida, liberdade e propriedade.
A Alegoria da Caverna de Platão é uma das passagens mais famosas da história da filosofia. Ela descreve prisioneiros acorrentados em uma caverna, vendo apenas sombras na parede, que eles tomam pela realidade. A jornada de um prisioneiro que se liberta e sai da caverna para ver o mundo exterior e, finalmente, o Sol, representa:
O processo de socialização, pelo qual o indivíduo aprende as normas e valores de sua comunidade.
Uma crítica à tirania, mostrando como um governante cruel pode manter seus súditos na ignorância para melhor controlá-los.
O desenvolvimento da ciência empírica, que progride da observação de fenômenos particulares para a formulação de leis universais.
A ascensão da alma do mundo sensível (o interior da caverna) para o mundo inteligível (o exterior), um processo de educação filosófica que culmina na visão da Forma do Bem (representada pelo Sol).
O 'Contrato Social' é uma teoria que busca justificar a origem e a legitimidade do Estado. Para Jean-Jacques Rousseau, o contrato social que funda a república legítima não é um pacto de submissão a um governante, como em Hobbes. Trata-se de um pacto de associação no qual cada indivíduo se une a todos os outros. A cláusula fundamental desse pacto é:
A proteção da propriedade privada como o principal objetivo do Estado, garantindo os direitos adquiridos no estado de natureza.
A alienação total de cada associado, com todos os seus direitos, à comunidade inteira.
A delegação de poder a um grupo de representantes eleitos, que governarão em nome do povo.
A renúncia de cada associado a todos os seus direitos em favor de um soberano absoluto, em troca de segurança.
A filosofia de Martin Heidegger, em 'Ser e Tempo', busca resgatar a 'questão do Ser', que segundo ele foi esquecida pela tradição filosófica desde os gregos. Para abordar essa questão, ele realiza uma 'analítica existencial' do ente que tem uma compreensão pré-ontológica do Ser, ou seja, de nós mesmos. Heidegger chama esse ente de:
Alma, a substância imaterial e imortal que, segundo Platão, habita o corpo.
Dasein (Ser-aí ou Ser-no-mundo), o modo de ser específico do ser humano, cuja essência reside em sua existência e em sua relação com o mundo.
Übermensch (Além-do-Homem), o ideal nietzschiano do ser que supera a moralidade tradicional e cria seus próprios valores.
Sujeito, o termo da filosofia moderna que pressupõe uma consciência separada do mundo.
O Círculo de Viena, um grupo de filósofos e cientistas do início do século XX, foi o berço do positivismo lógico (ou empirismo lógico). Eles propuseram o 'critério de verificabilidade' para determinar se uma proposição tem significado cognitivo. Segundo este critério, uma proposição só tem sentido se for:
Capaz de inspirar bons sentimentos e promover a coesão social.
Consistente com as escrituras sagradas e com a tradição da Igreja.
Falseável por uma observação empírica, como proposto posteriormente por Karl Popper.
Uma tautologia (verdadeira por definição, como na lógica e na matemática) ou empiricamente verificável, pelo menos em princípio.