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A Revolta dos Quebra-Quilos (1874), ocorrida no Nordeste, foi um motim popular contra a imposição de novas políticas pelo governo imperial. O estopim da revolta foi a:
obrigatoriedade do alistamento militar para a Guerra do Paraguai, que já havia terminado.
proibição da produção e venda de cachaça, como parte de uma campanha moralista do governo.
introdução de um novo sistema de pesos e medidas, o sistema métrico decimal, que substituía as antigas unidades e gerava desconfiança nos comerciantes e na população.
decisão de separar a Igreja do Estado, o que foi visto pela população rural como um ataque à religião.
A Guerra da Cisplatina (1825-1828), travada entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata (atual Argentina), teve como principal resultado para o Brasil:
uma vitória militar esmagadora que consolidou a hegemonia brasileira na região do Prata e fortaleceu a imagem de D. Pedro I.
a perda da Província Cisplatina, que se tornou um Estado independente (República Oriental do Uruguai), e um grande desgaste político e financeiro para o Império.
a anexação definitiva da Província Cisplatina (atual Uruguai) ao território brasileiro, com amplo apoio da população local.
a formação de uma aliança duradoura com a Argentina para dividir o controle sobre a navegação na Bacia do Prata.
Durante o Período Regencial (1831-1840), diversas revoltas eclodiram pelo Brasil. Embora tivessem motivações distintas, um fator comum que impulsionou movimentos como a Cabanagem (PA) e a Balaiada (MA) foi:
a insatisfação das elites cafeicultoras do Sudeste com a falta de mão de obra escravizada, demandando novas políticas de importação.
a profunda desigualdade social e a exclusão política das camadas populares, que não viam suas demandas atendidas pelo governo central.
a influência de ideais anarquistas europeus, que pregavam a destruição do Estado e a autogestão das comunidades locais.
a luta pelo fim imediato da monarquia e a instauração de uma república socialista no país.
O movimento republicano ganhou força no Brasil nas últimas décadas do Império. A publicação do Manifesto Republicano em 1870 é um marco desse processo. Os signatários do manifesto defendiam, como forma de governo, uma república:
parlamentarista, com a manutenção de um presidente com poderes meramente cerimoniais.
federativa, que concedesse ampla autonomia às províncias, transformando-as em estados.
autoritária e positivista, governada por uma elite técnica e militar para garantir a 'ordem e o progresso'.
socialista, inspirada na Comuna de Paris, com a abolição da propriedade privada.
A Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei dos Sexagenários (1885) são exemplos de uma política abolicionista que pode ser descrita como:
negociada diretamente com os escravizados, atendendo a todas as suas reivindicações por terra e reparação.
gradual e lenta, projetada para adiar ao máximo o fim da escravidão e proteger os interesses dos grandes proprietários rurais.
rápida e radical, buscando resolver a questão da escravidão de forma imediata e definitiva.
imposta pela Inglaterra através de um bloqueio naval, sem qualquer participação ou iniciativa do governo brasileiro.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808 é um evento fundamental para a futura independência. Uma de suas consequências imediatas, que beneficiou diretamente as elites coloniais, foi:
a divisão do Brasil em várias repúblicas independentes, administradas diretamente pela nobreza portuguesa.
a criação de um sistema de parceria agrícola para substituir gradualmente o trabalho escravo.
a Abertura dos Portos às Nações Amigas, que rompeu o monopólio comercial português (o 'Pacto Colonial').
a decretação do fim do tráfico de escravos, atendendo às demandas humanitárias da corte.
Durante o Primeiro Reinado, a situação econômica do Brasil foi marcada por dificuldades. Um dos principais fatores que contribuíram para essa crise foi:
a recusa dos fazendeiros do sudeste em pagar impostos ao governo de D. Pedro I, como forma de protesto político.
o tratado de 1810 com a Inglaterra, que estabelecia baixas tarifas para produtos ingleses, dificultando o desenvolvimento de manufaturas locais e a arrecadação do governo.
o gasto excessivo com a construção de Brasília para ser a nova capital do Império, longe do Rio de Janeiro.
a queda abrupta e mundial do preço do café, que era o principal produto de exportação do país.
Na década de 1870, três grandes 'questões' abalaram as bases de sustentação do Império: a religiosa, a abolicionista e a militar. O que essas três questões tinham em comum era o fato de que elas:
representaram o desgaste e o conflito entre o Estado Imperial e importantes grupos que antes lhe davam apoio, como a Igreja, parte dos fazendeiros e o Exército.
levaram à união da Igreja, dos militares e dos abolicionistas em um grande partido político para derrubar o imperador.
foram resolvidas pacificamente por D. Pedro II, que conseguiu fortalecer o apoio desses três setores à monarquia.
foram todas provocadas por intervenções diretas da Inglaterra, que desejava desestabilizar o Império para controlar o comércio de café.
A Lei Eusébio de Queirós, promulgada em 1850, representou um marco no processo de abolição da escravatura no Brasil. Seu impacto imediato mais significativo na economia do Segundo Reinado foi:
a substituição imediata e em massa do trabalho escravo pelo trabalho assalariado de imigrantes europeus em todas as lavouras.
a libertação automática de todos os escravizados nascidos no Brasil, iniciando uma crise de mão de obra nas fazendas.
a diminuição drástica do preço dos escravizados no mercado interno, tornando a posse de cativos acessível a pequenos proprietários.
o redirecionamento de capitais que antes eram usados no tráfico negreiro para outros setores, como a indústria e os serviços urbanos.
A imigração de italianos para o Brasil no final do século XIX foi intensamente promovida pelos cafeicultores do Oeste Paulista e pelo governo. Além da necessidade de mão de obra, havia também um componente ideológico nesse incentivo, que era:
o desejo de difundir a língua italiana e a culinária daquele país como a cultura oficial do Brasil.
um projeto de aliança militar com a Itália para combater a crescente influência da Argentina na América do Sul.
a implementação de teorias raciais da época, que defendiam o 'branqueamento' da população brasileira, vista como 'inferior' por sua forte presença de negros e mestiços.
a intenção de converter a população brasileira ao catolicismo romano, com o auxílio dos imigrantes, que eram considerados mais devotos.
A produção de café no Vale do Paraíba, durante grande parte do século XIX, fundamentava-se em um modelo de produção caracterizado pelo tripé:
terras da Igreja, trabalho servil e exportação controlada pela Coroa.
latifúndio, trabalho escravo e produção voltada para o mercado externo.
cooperativas agrícolas, trabalho livre e produção para o consumo interno.
pequena propriedade, trabalho imigrante e exportação para a América Latina.
A economia da borracha na Amazônia, que teve seu auge no final do Império e início da República, foi caracterizada por um regime de trabalho que, em muitos aspectos, se assemelhava:
à escravidão indígena, com a captura e o trabalho forçado de tribos inteiras sob o controle de missionários.
ao trabalho assalariado das fábricas europeias, com jornada de oito horas e direitos trabalhistas.
ao sistema de parceria, no qual o seringueiro dividia igualmente os lucros da venda da borracha com o dono do seringal.
à servidão por dívidas, em que o seringueiro era mantido preso ao seringal pelo 'aviamento', um sistema de endividamento com o patrão.
A 'Questão Religiosa', um dos pilares da crise do Império, teve início quando bispos brasileiros, seguindo ordens do Papa Pio IX, decidiram punir irmandades religiosas que mantinham maçons entre seus membros. A reação do governo de D. Pedro II, baseada no regime do padroado, foi de:
prender os bispos que desafiaram a autoridade do Estado, pois, sob o padroado, as ordens papais só valiam no Brasil com a aprovação (beneplácito) do Imperador.
apoiar incondicionalmente os bispos, rompendo relações com a maçonaria e expulsando-os de cargos públicos.
solicitar a intervenção do Papa para mediar o conflito, enviando uma comitiva diplomática ao Vaticano.
manter-se neutro, declarando que o Estado era laico e não interferiria em assuntos internos da Igreja.
Durante o Segundo Reinado, a política de 'conciliação' foi uma tentativa de amenizar as disputas entre os partidos Liberal e Conservador. Na prática, essa política significava que:
o Imperador abdicou de suas funções políticas, entregando o governo a um conselho formado por representantes de ambos os partidos.
as eleições se tornaram mais democráticas, permitindo que novas forças políticas, como republicanos e socialistas, participassem do governo.
os dois partidos foram fundidos em um único partido governista, o Partido Imperial, eliminando toda a oposição.
havia uma alternância de poder arranjada entre os dois partidos, que, apesar das diferenças teóricas, na prática representavam a mesma elite agrária.
O exército brasileiro, ao final do Segundo Reinado, era uma instituição com crescente insatisfação em relação ao poder civil. Um dos focos dessa insatisfação era o fato de que os militares:
eram proibidos de se casar e constituir família, como forma de manter a disciplina na corporação.
recebiam salários muito mais altos que os políticos, o que gerava ressentimento e acusações de corrupção.
eram obrigados a dedicar a maior parte de seu tempo ao trabalho nas lavouras de café do Imperador.
sentiam-se desprestigiados pelos políticos 'casacas' e viam-se como os verdadeiros salvadores da pátria, mais preparados para dirigir o país.
Um dos argumentos utilizados por muitos abolicionistas, como Joaquim Nabuco, para defender o fim da escravidão era que o sistema escravista:
poderia ser gradualmente substituído pela escravidão indígena, que era considerada mais humana e produtiva.
deveria ser mantido apenas nas lavouras de café, pois os africanos eram os únicos que se adaptavam a esse tipo de trabalho.
degradava não apenas o escravo, mas também a sociedade como um todo, incluindo os senhores, gerando atraso moral, econômico e político para o Brasil.
era economicamente mais eficiente que o trabalho livre, mas moralmente inaceitável para uma nação cristã.
O movimento conhecido como 'pronunciamento da Praia Vermelha', em 15 de novembro de 1889, liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, teve como objetivo inicial:
proclamar a República e exilar a família imperial do Brasil imediatamente.
apenas derrubar o gabinete ministerial do Visconde de Ouro Preto, sem a intenção inicial de derrubar a monarquia.
declarar guerra contra a Argentina em retaliação a uma disputa de fronteiras no sul do país.
exigir um aumento salarial para os militares e a punição de políticos que ofenderam o Exército.
A Lei de Terras de 1850 foi um dispositivo legal que reorganizou a posse de terras no Brasil. Uma de suas consequências sociais mais duradouras foi:
a concentração da propriedade rural nas mãos da elite agrária, ao definir que o acesso à terra só poderia ocorrer pela compra, e não mais pela posse (usucapião).
a distribuição de terras públicas para a população indígena, garantindo a demarcação de seus territórios ancestrais.
a estatização de todos os latifúndios improdutivos, que foram transformados em áreas de colonização do governo.
a facilitação do acesso à terra para libertos e imigrantes pobres, promovendo a formação de uma classe de pequenos proprietários rurais.
O Quilombo de Palmares foi destruído no final do século XVII, mas a formação de quilombos continuou sendo uma importante forma de resistência durante todo o Período Imperial. No século XIX, esses quilombos se caracterizavam, em geral, por:
serem organizados exclusivamente por escravos muçulmanos, com o objetivo de difundir a fé islâmica no Brasil.
serem grandes comunidades isoladas no interior da Amazônia, sem nenhum contato com as cidades próximas.
existirem em grande número, muitas vezes próximos a centros urbanos e fazendas, estabelecendo relações comerciais e de confronto com a sociedade ao redor.
terem sido totalmente pacíficos, obtendo reconhecimento legal do Estado imperial como territórios livres.
Observe a tabela fictícia abaixo, que representa a origem dos imigrantes em uma fazenda de café em São Paulo por volta de 1890. | Origem | Número de Famílias | |---|---| | Itália | 45 | | Portugal | 8 | | Espanha | 5 | | Alemanha | 2 | Com base nesses dados, que refletem a tendência geral do período, pode-se inferir que a política de imigração do final do Império e início da República foi marcada por:
uma clara preferência pela imigração de colonos do norte da Europa, como alemães e suecos.
o incentivo exclusivo à vinda de imigrantes portugueses, devido à facilidade com o idioma e à adaptação cultural.
um equilíbrio entre as diversas nacionalidades europeias, sem a predominância de um grupo específico.
um fluxo maciço e predominante de imigrantes italianos, que se tornaram a principal mão de obra nas lavouras de café.
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sazz
08/10/2025
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