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A filosofia de G. W. F. Hegel é um 'idealismo absoluto'. Para ele, a realidade última não é a matéria, mas a Ideia, a Razão ou o Espírito (Geist). A história universal não é uma sucessão de eventos caóticos, mas o processo racional pelo qual o Espírito se desenvolve e toma consciência de si mesmo, buscando a liberdade. O fim da história, para Hegel, seria alcançado quando:
O homem superasse a moralidade tradicional e se tornasse o Übermensch, como em Nietzsche.
O Espírito alcançasse o saber absoluto, ou seja, a plena autoconsciência de si mesmo como a totalidade da realidade, o que Hegel via como se realizando em seu próprio sistema filosófico e no Estado prussiano de sua época.
A humanidade retornasse a um estado de natureza idílico, livre da corrupção da sociedade e da propriedade privada, como idealizava Rousseau.
A sociedade sem classes fosse estabelecida, pondo fim à luta de classes e à alienação, como pensava Marx.
A noção de 'paradigma', popularizada por Thomas Kuhn na filosofia da ciência, refere-se a um conjunto de crenças, valores, técnicas e exemplos compartilhados por uma comunidade científica em um determinado período. A função de um paradigma durante os períodos de 'ciência normal' é:
Servir como uma verdade absoluta e definitiva, que não pode ser questionada ou substituída por nenhuma outra teoria no futuro.
Fornecer um arcabouço teórico e metodológico que orienta a pesquisa, definindo quais são os problemas relevantes e os métodos legítimos para resolvê-los.
Facilitar o diálogo entre diferentes campos da ciência, criando uma linguagem universal que unifique a física, a biologia e as ciências sociais.
Incentivar a crítica constante e a tentativa de refutação das teorias vigentes, como proposto por Karl Popper.
A filosofia de Jean-Paul Sartre é radicalmente centrada na liberdade. Para ele, o ser humano está 'condenado a ser livre'. Essa condenação significa que:
Os seres humanos são livres para escolher, mas suas escolhas são, em última análise, determinadas por fatores inconscientes e sociais.
A única verdadeira liberdade é a liberdade interior de pensamento, já que nossas ações no mundo são sempre constrangidas pelas circunstâncias.
A liberdade é um fardo pesado, pois, sem uma essência ou natureza predefinida e sem Deus para nos dar um propósito, somos totalmente responsáveis por tudo o que somos e fazemos.
A liberdade humana é limitada pelas leis da física e pela nossa condição biológica, não podendo ser absoluta.
Baruch Spinoza, em sua 'Ética Demonstrada à Maneira dos Geômetras', defende uma visão determinista do universo. Se tudo o que existe é Deus (ou Natureza) e tudo acontece segundo as leis necessárias de sua natureza, então não há espaço para o livre-arbítrio como tradicionalmente entendido (uma vontade que pode escolher incondicionalmente). Para Spinoza, a liberdade humana consiste em:
Ser capaz de violar as leis da natureza através de um ato de vontade soberana.
Escolher entre o bem e o mal, sendo moralmente responsável por suas ações perante um juiz divino.
Agir de forma espontânea e imprevisível, sem qualquer causa ou razão.
Compreender a necessidade que rege todas as coisas e agir com base nesse conhecimento, libertando-se das paixões que surgem de ideias inadequadas.
O problema do mal é um desafio teológico e filosófico que questiona como a existência do mal (sofrimento, crueldade, desastres naturais) pode ser compatível com a existência de um Deus que é onipotente, onisciente e onibenevolente. Uma resposta clássica a esse problema, associada a Santo Agostinho e Leibniz, é a 'teodiceia do livre-arbítrio'. Ela argumenta que:
O mal não existe realmente; é apenas uma ausência ou privação do bem, assim como a escuridão é a ausência de luz.
O mal é necessário para que possamos apreciar o bem e para que os seres humanos possam desenvolver virtudes morais como a compaixão e a coragem.
O mal moral (o pecado) não é culpa de Deus, mas resulta do mau uso que os seres humanos fazem de sua liberdade de escolha, um dom que é, em si mesmo, um grande bem.
Deus não é onipotente e, portanto, não consegue impedir o mal, embora deseje fazê-lo.
O filósofo Walter Benjamin, associado à Escola de Frankfurt, em seu famoso ensaio 'A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica', argumenta que as novas tecnologias de reprodução, como a fotografia e o cinema, alteram fundamentalmente a natureza da obra de arte. O que a obra de arte perde nesse processo é sua:
Beleza, pois as cópias são sempre esteticamente inferiores ao original.
Complexidade, pois as novas mídias só são capazes de produzir formas de arte simples e superficiais.
Valor de mercado, pois a abundância de cópias faz com que o preço da arte diminua drasticamente.
Aura, sua existência única no tempo e no espaço, seu 'aqui e agora', sua autenticidade e sua autoridade ligada à tradição e ao ritual.
O 'mito do bom selvagem', frequentemente associado a Jean-Jacques Rousseau, descreve o homem em seu estado de natureza original. Segundo essa visão, o homem natural, antes de ser corrompido pela sociedade, era:
Um ser social e político por natureza, buscando viver em comunidade e criar leis.
Solitário, autossuficiente, guiado por instintos de autopreservação ('amour de soi') e compaixão ('pitié'), e, portanto, essencialmente bom e feliz.
Racional e calculista, usando sua inteligência para dominar a natureza e competir com seus pares.
Egoísta, violento e vivendo em um estado de guerra constante com os outros.
A filosofia de Maquiavel, expressa em 'O Príncipe', representa uma ruptura com a tradição política clássica e medieval. Enquanto Platão, Aristóteles e os pensadores cristãos se preocupavam com o Estado ideal e a virtude moral do governante, Maquiavel foca na 'verità effettuale della cosa' (a verdade efetiva da coisa). Sua principal preocupação é:
Como educar o príncipe para que ele se torne um filósofo-rei, governando com base no conhecimento da verdade e da justiça.
Como o príncipe pode ser um bom cristão e governar de acordo com os mandamentos de Deus.
Como construir uma república justa, onde todos os cidadãos participem do governo e busquem o bem comum.
Como o príncipe pode conquistar e, principalmente, manter o poder, utilizando os meios que forem necessários para garantir a estabilidade do Estado.
Edmund Husserl, o fundador da fenomenologia, criticou o 'psicologismo', a tendência de reduzir a lógica e a matemática a processos mentais subjetivos. Para ele, a fenomenologia deveria ser uma ciência rigorosa das 'essências'. O método que ele propõe para chegar a essas essências, que envolve a suspensão de todas as crenças sobre o mundo factual e o foco na estrutura da experiência consciente, é chamado de:
Método dialético, que progride através da superação de contradições.
Análise linguística, que busca dissolver os problemas filosóficos mostrando que eles surgem de um mau uso da linguagem.
Análise genealógica, que investiga a origem histórica dos conceitos para mostrar suas relações com o poder.
Redução fenomenológica ou Epoché, que coloca o mundo 'entre parênteses' para descrever os fenômenos como eles se dão à consciência.
René Descartes, em suas 'Meditações Metafísicas', estabelece o 'Cogito, ergo sum' ('Penso, logo existo') como a primeira certeza indubitável. A partir daí, ele precisa provar a existência de Deus para garantir a veracidade de suas ideias claras e distintas e, assim, reconstruir o edifício do conhecimento. Um dos argumentos que ele utiliza parte da ideia de Deus que ele encontra em sua própria mente. O argumento pode ser resumido assim:
O universo é tão complexo e ordenado que deve ter sido criado por um projetista inteligente, que é Deus.
Eu tenho em mim a ideia de um ser perfeito (infinito, onipotente, onisciente). Como eu sou um ser imperfeito, não posso ter sido a causa dessa ideia. Portanto, a causa da ideia de perfeição deve ser um ser realmente perfeito, que é Deus.
Deus é definido como o ser do qual nada maior pode ser pensado. Um ser que existe na realidade é maior do que um que existe apenas no pensamento. Logo, Deus deve existir na realidade.
Tudo o que se move é movido por outro. Essa cadeia de motores não pode ser infinita. Logo, deve haver um primeiro motor imóvel, que é Deus.
O conceito de 'biopoder', desenvolvido por Michel Foucault, descreve uma nova forma de poder que surge na modernidade. Diferente do poder soberano, que se concentrava no indivíduo e tinha o direito de 'fazer morrer ou deixar viver', o biopoder é um poder sobre a vida. Ele se exerce em dois níveis principais: a disciplina dos corpos individuais e a regulamentação da:
População, tratando os seres humanos como uma espécie, gerenciando taxas de natalidade, mortalidade, saúde pública e longevidade.
Linguagem, estabelecendo as regras gramaticais e os significados das palavras para uniformizar a comunicação.
Economia, planejando a produção e a distribuição de bens para garantir a prosperidade do Estado.
Consciência, buscando controlar os pensamentos e crenças dos cidadãos através da propaganda e da ideologia.
Ao investigar as origens da desigualdade, Jean-Jacques Rousseau argumenta que o momento decisivo que pôs fim ao estado de natureza e deu origem à sociedade civil e a todos os seus males foi quando um indivíduo:
assinou um contrato social com todos os outros para criar um governo que protegesse a vida e a segurança de todos.
desenvolveu sentimentos de amor e ciúme, o que levou à competição e ao conflito entre os homens.
usou a razão para criar a linguagem, permitindo a comunicação complexa e a formação de laços sociais permanentes.
cercou um terreno e disse 'isto é meu', encontrando pessoas ingênuas o suficiente para acreditar nele, fundando assim a propriedade privada.
No pensamento de Santo Agostinho, a questão do tempo é um profundo mistério filosófico. Em suas 'Confissões', ele se pergunta: 'Que é, pois, o tempo? Se ninguém mo pergunta, eu sei; se o quero explicar a quem mo pergunta, não o sei'. Sua análise o leva a concluir que o tempo não existe objetivamente no mundo exterior, mas é uma distensão da alma. O passado, o presente e o futuro correspondem a três faculdades da alma. São elas:
Plano, Execução e Avaliação.
Tese, Antítese e Síntese.
Memória (para o passado), Atenção ou Intuição (para o presente) e Expectativa (para o futuro).
Razão, Vontade e Sentimento.
A ética da responsabilidade, proposta por Hans Jonas em 'O Princípio Responsabilidade', é uma resposta aos novos desafios éticos criados pelo poder da tecnologia moderna. Jonas argumenta que as éticas tradicionais (como a de Kant ou o utilitarismo) são inadequadas porque foram pensadas para ações de curto alcance. A nova ética deve ser orientada para o futuro e ter como seu primeiro imperativo:
A garantia da sobrevivência e da integridade da humanidade e da natureza para as gerações futuras.
A maximização da felicidade e do prazer para a geração presente.
A obediência incondicional às leis e aos deveres morais, independentemente das consequências.
O desenvolvimento da autonomia individual e a busca pela autorrealização pessoal.
Em uma discussão em uma praça pública em Atenas, um filósofo argumenta que o verdadeiro conhecimento não reside nas aparências mutáveis do mundo que percebemos com nossos sentidos, mas em um reino de formas perfeitas e eternas, acessíveis apenas pela razão. Ele sugere que o mundo sensível é como uma sombra projetada na parede de uma caverna, uma cópia imperfeita da realidade verdadeira. Essa argumentação é central para o pensamento de qual filósofo?
Heráclito, com sua doutrina do 'panta rhei' (tudo flui), afirmando a constante transformação de todas as coisas.
Sócrates, com seu método maiêutico, que buscava parir o conhecimento inato na alma dos indivíduos.
Aristóteles, com sua teoria do ato e potência, que explica a mudança e o movimento no mundo físico.
Platão, com sua Teoria das Ideias ou Formas, que distingue o mundo sensível do mundo inteligível.
O utilitarismo de Jeremy Bentham baseia-se no 'princípio da maior felicidade', segundo o qual a ação moralmente correta é aquela que maximiza o prazer e minimiza a dor. Para tornar a ética uma ciência, Bentham propôs um 'cálculo felicífico', um método para medir a quantidade de prazer ou dor que uma ação poderia produzir. Este cálculo levaria em conta fatores como:
A intenção do agente, a conformidade da ação com o dever e sua universalidade.
A intensidade, a duração, a certeza, a proximidade, a fecundidade e a pureza do prazer ou da dor.
A vontade de Deus, a tradição e as leis estabelecidas pela sociedade.
A virtude do caráter do agente e se a ação está de acordo com o meio-termo aristotélico.
Um filósofo, observando o comportamento humano, conclui que as pessoas frequentemente agem com base em 'ressentimento'. Indivíduos fracos, incapazes de realizar seus desejos, criam uma moralidade que condena a força, a nobreza e a alegria dos poderosos, chamando de 'bom' aquilo que é fraco, humilde e passivo, e de 'mau' aquilo que é forte e autoafirmativo. Essa análise da 'moralidade de rebanho' ou 'moralidade de escravos' é uma peça central da genealogia da moral de:
Friedrich Nietzsche, que contrapôs a 'moral de senhores' (criadora de valores) à 'moral de escravos' (nascida do ressentimento).
Immanuel Kant, que baseou a moralidade no dever e na universalidade da lei moral.
Aristóteles, que definiu a virtude como um meio-termo entre dois extremos viciosos.
John Stuart Mill, que propôs o utilitarismo, onde a moralidade de uma ação é julgada por sua capacidade de promover a felicidade.
O conceito de 'angústia' (Angst) é central para vários filósofos existenciais, mas com nuances diferentes. Para Søren Kierkegaard, considerado o pai do existencialismo, a angústia é a 'vertigem da liberdade'. Ela surge quando o indivíduo se depara com:
A responsabilidade de legislar para toda a humanidade através de suas escolhas, como em Sartre.
O medo da morte e do nada, que revela a finitude da existência humana.
A infinidade de possibilidades de escolha que se abrem diante dele, sem ter nenhuma garantia ou critério externo para decidir.
O sentimento de absurdo que nasce do confronto entre o desejo humano de sentido e o silêncio irracional do mundo, como em Camus.
O imperativo categórico é o princípio supremo da moralidade na filosofia de Immanuel Kant. Ele é 'categórico' porque se aplica a todos os seres racionais incondicionalmente, independentemente de seus desejos ou fins particulares. Uma de suas formulações mais conhecidas, a 'fórmula da humanidade', afirma que devemos:
Agir de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas.
Agir de acordo com a virtude, buscando um meio-termo entre dois extremos viciosos.
Agir de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.
Agir em conformidade com a natureza, aceitando o destino e controlando as paixões que nos perturbam.
Um filósofo iluminista defende que a mente humana, ao nascer, é como uma folha em branco, ou 'tábula rasa'. Todas as nossas ideias, segundo ele, provêm da experiência, seja através da sensação (o contato direto dos sentidos com o mundo exterior) ou da reflexão (a percepção das operações da nossa própria mente). Essa posição se opõe diretamente ao racionalismo, que postula a existência de ideias inatas. Tal teoria do conhecimento é a base do pensamento de:
Immanuel Kant, que propôs uma síntese entre racionalismo e empirismo, afirmando que o conhecimento começa com a experiência, mas não se limita a ela.
René Descartes, que defendia a existência de ideias inatas, como a ideia de Deus, perfeição e infinito.
John Locke, um dos fundadores do empirismo britânico, que formulou a teoria da mente como uma 'tábula rasa'.
Baruch Spinoza, um racionalista que desenvolveu um sistema metafísico monista, identificando Deus com a Natureza.
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