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Os Cínicos, como Diógenes de Sínope, foram filósofos helenísticos conhecidos por seu estilo de vida radical e provocador. Eles defendiam a 'autarkeia' (autossuficiência) e a vida em conformidade com a natureza, em oposição radical às leis, costumes e convenções sociais ('nomos'), que consideravam artificiais e fontes de corrupção. A prática filosófica do Cinismo consistia em:
Participar ativamente da política da pólis para reformar as leis e torná-las mais naturais e justas.
Desenvolver um sistema lógico e metafísico complexo para provar que a natureza é superior à convenção.
Realizar atos públicos chocantes e viver com o mínimo de posses (como Diógenes, que morava em um barril) para demonstrar o desprezo pelas convenções e a inutilidade dos bens materiais.
Viver uma vida de prazeres moderados, cultivando a amizade e a filosofia em um jardim afastado da cidade.
A ética aristotélica é teleológica, ou seja, está orientada para um fim (telos), que é a eudaimonia (felicidade). Para alcançar esse fim, é necessário desenvolver as virtudes. Aristóteles distingue entre virtudes morais (éticas), como a coragem e a temperança, e virtudes intelectuais (dianoéticas). A virtude intelectual que permite ao agente deliberar corretamente sobre o que é bom e conveniente para viver bem em geral, encontrando o meio-termo nas ações, é a:
Sabedoria teórica (Sophia), o conhecimento das verdades universais e necessárias, como na matemática e na metafísica.
Ciência (Episteme), a capacidade de demonstração a partir de princípios.
Prudência ou sabedoria prática (Phronesis), a excelência na deliberação sobre as ações humanas no campo do contingente.
Inteligência intuitiva (Nous), a capacidade de apreender os primeiros princípios de uma ciência.
Em sua análise do poder, Michel Foucault argumenta que, na modernidade, o poder não se exerce apenas de forma repressiva (como a lei que proíbe), mas também de forma produtiva. Ele descreve um tipo de poder que se aplica aos corpos dos indivíduos para torná-los dóceis e úteis, através de técnicas de vigilância, treinamento e exame em instituições como prisões, escolas, hospitais e fábricas. Foucault chama esse poder de:
Poder Disciplinar, uma microfísica do poder que adestra os corpos e maximiza sua eficiência.
Poder Pastoral, um modelo de poder que se origina nas práticas cristãs, onde um pastor cuida de seu rebanho individualmente.
Poder Soberano, o poder típico da monarquia, que se manifesta no direito de 'fazer morrer ou deixar viver'.
Biopoder, um poder que se exerce sobre a vida da população como um todo, gerenciando nascimentos, mortes, saúde e longevidade.
O dualismo de Platão distingue radicalmente o corpo (soma) e a alma (psyché). O corpo é visto como parte do mundo sensível, mutável, corruptível e uma fonte de enganos e desejos que aprisionam a alma. A alma, por sua vez, é de natureza divina, imortal e pertence ao mundo inteligível. Nesse contexto, a morte é vista por Platão como:
A dissolução da identidade pessoal, onde a alma se funde com uma alma universal ou com a natureza.
Uma passagem para um outro mundo onde o indivíduo será julgado com base em suas crenças religiosas, não em seu conhecimento filosófico.
O fim definitivo da existência e da consciência, um evento a ser temido e evitado a todo custo.
Uma libertação da alma do cárcere do corpo, permitindo que ela retorne ao mundo das Formas para contemplar a verdade em sua pureza.
O filósofo contemporâneo Jürgen Habermas, herdeiro da Teoria Crítica, busca fundamentar a possibilidade de uma crítica racional da sociedade. Em sua 'Teoria do Agir Comunicativo', ele argumenta que, implícita em todo ato de fala que visa o entendimento, existe uma 'situação ideal de fala'. Esta situação é caracterizada pela ausência de coerção, onde o melhor argumento prevalece, e serve como um padrão normativo para:
Justificar o domínio da razão instrumental e da burocracia na sociedade moderna.
Desenvolver técnicas de retórica e persuasão para vencer debates, independentemente da verdade ou da justiça da causa.
Criticar as formas de comunicação sistematicamente distorcidas pelo poder e pelo dinheiro, e para orientar a busca por uma sociedade mais democrática e emancipada.
Provar que a linguagem é apenas um jogo de poder e que qualquer busca por consenso é uma ilusão.
Segundo Aristóteles, o ser humano busca por natureza a 'eudaimonia', frequentemente traduzida como felicidade ou florescimento humano. Este bem supremo não consiste em prazer, riqueza ou honra, mas em uma atividade da alma em conformidade com a virtude. A principal virtude, que constitui a mais alta forma de eudaimonia, é a:
Justiça, a virtude social que consiste em dar a cada um o que lhe é devido.
Atividade contemplativa ou teórica (theoria), o exercício da razão na busca pelo conhecimento, que é a função mais elevada e divina do ser humano.
Coragem, a virtude do guerreiro que controla o medo e a temeridade no campo de batalha.
Temperança, a virtude do controle dos prazeres e desejos corporais.
A ética de Aristóteles é uma 'ética das virtudes'. A virtude (areté) é uma disposição de caráter, adquirida pelo hábito, que leva o indivíduo a agir de forma excelente. Para as virtudes morais, como a coragem ou a generosidade, Aristóteles propõe a 'Doutrina do Meio-Termo' (ou justa medida), segundo a qual a virtude consiste em:
Sempre escolher o caminho do meio exato em todas as situações, como comer exatamente metade do que se deseja.
Seguir uma regra moral universal que se aplique a todas as pessoas em todas as circunstâncias, sem exceção.
Atingir os extremos da paixão e da ação, pois a virtude estaria na intensidade dos sentimentos e não na moderação.
Um ponto intermediário entre dois vícios, um por excesso e outro por falta, que é relativo a nós e determinado pela razão prática (phronesis).
Um professor de filosofia desenha uma linha na lousa e a divide em dois segmentos principais: Mundo Sensível e Mundo Inteligível. O primeiro, ele subdivide em 'Sombras/Imagens' e 'Coisas Físicas'. O segundo, em 'Objetos Matemáticos' e 'Formas/Ideias'. Ele explica que essa é uma representação da jornada do conhecimento, da ignorância (doxa) à verdade (episteme). Este esquema é conhecido como:
A Alegoria da Caverna de Platão.
O Organon de Aristóteles.
A Doutrina do Meio-Termo de Aristóteles.
A Analogia da Linha Dividida de Platão.
A teoria da justiça de John Rawls, apresentada em 'Uma Teoria da Justiça', propõe um método para encontrar os princípios de justiça que deveriam governar as principais instituições de uma sociedade. Ele sugere um experimento mental no qual indivíduos racionais escolhem esses princípios em uma situação hipotética de igualdade. Essa situação é chamada de:
Assembleia dos Cidadãos, um debate público real entre todos os membros da sociedade para decidir as leis.
Estado de Natureza, onde os indivíduos vivem sem governo e em conflito constante.
Comunidade Ideal de Fala, um conceito de Habermas para uma situação de diálogo livre de dominação onde a validade das normas é testada.
Posição Original, onde as partes estão sob um 'véu de ignorância', desconhecendo sua posição social, seus talentos e suas concepções de bem.
Na filosofia política, o conceito de 'soberania' refere-se ao poder supremo e último dentro de um Estado. Jean Bodin, no século XVI, foi um dos primeiros a teorizar sobre a soberania como sendo 'absoluta e perpétua'. Para Thomas Hobbes, no século XVII, a soberania, para ser eficaz, deve ser indivisível e ilimitada. A principal função do soberano hobbesiano é:
Manter a paz e a segurança, pondo fim à 'guerra de todos contra todos' do estado de natureza, mesmo que isso exija um poder absoluto e incontestável.
Implementar a Vontade Geral do povo, expressando a soberania popular em leis que visam o bem comum, como propõe Rousseau.
Garantir os direitos naturais dos indivíduos, como vida, liberdade e propriedade, e seu poder pode ser revogado se ele os violar, como defende Locke.
Promover a virtude e a felicidade dos cidadãos, educando-os para a vida na comunidade política, como pensavam os filósofos gregos.
Aristóteles distingue entre 'justiça distributiva' e 'justiça corretiva'. A justiça corretiva (ou comutativa) lida com as relações entre indivíduos, sejam elas voluntárias (contratos) ou involuntárias (crimes). Seu objetivo é:
Promover a amizade e a cooperação entre os cidadãos, que é a base para uma comunidade política saudável.
Distribuir bens, honras e riquezas na comunidade de acordo com o mérito de cada um, seguindo uma proporção geométrica.
Restaurar o equilíbrio ou a igualdade que foi quebrada por uma ação injusta, tratando as partes como iguais perante a lei e seguindo uma proporção aritmética.
Adaptar a lei geral ao caso particular, buscando uma solução mais equitativa do que a aplicação estrita da lei.
Em 'A Condição Humana', Hannah Arendt distingue três tipos de atividade humana que compõem a 'vita activa': labor, trabalho e ação. O 'labor' corresponde às atividades biológicas do corpo, ligadas à necessidade e à sobrevivência. O 'trabalho' cria o mundo artificial de coisas, durável e objetivo. A 'ação', para Arendt, é a atividade mais elevada e especificamente humana. Ela consiste em:
Agir e falar em conjunto com outros no espaço público, revelando quem somos e iniciando novos processos no mundo.
Produzir obras de arte que transcendem o tempo e conferem imortalidade ao artista.
Contemplar as verdades eternas em solidão, afastando-se dos assuntos mundanos.
Trabalhar de forma eficiente para produzir bens de consumo e garantir o sustento da vida.
Um cientista do século XVII, ao desenvolver seu método de investigação, decide duvidar de tudo o que conhecia, incluindo as informações dos sentidos e as verdades matemáticas. Seu objetivo era encontrar um ponto de partida absolutamente indubitável para construir um novo sistema de conhecimento. Ele conclui que, mesmo que duvidasse de tudo, não poderia duvidar de sua própria existência como ser pensante. Essa jornada metodológica é a base do pensamento de:
René Descartes, que utilizou a dúvida metódica para chegar à primeira certeza, o 'Cogito, ergo sum' (Penso, logo existo).
Francis Bacon, que propunha um método empírico baseado na observação e experimentação para eliminar ídolos da mente.
David Hume, que levou o empirismo a um ceticismo radical, questionando a causalidade e a identidade do eu.
John Locke, que argumentava que a mente é uma 'tábula rasa' e que todo conhecimento deriva da experiência sensorial.
A filosofia de G. W. F. Hegel é um 'idealismo absoluto'. Para ele, a realidade última não é a matéria, mas a Ideia, a Razão ou o Espírito (Geist). A história universal não é uma sucessão de eventos caóticos, mas o processo racional pelo qual o Espírito se desenvolve e toma consciência de si mesmo, buscando a liberdade. O fim da história, para Hegel, seria alcançado quando:
O homem superasse a moralidade tradicional e se tornasse o Übermensch, como em Nietzsche.
O Espírito alcançasse o saber absoluto, ou seja, a plena autoconsciência de si mesmo como a totalidade da realidade, o que Hegel via como se realizando em seu próprio sistema filosófico e no Estado prussiano de sua época.
A humanidade retornasse a um estado de natureza idílico, livre da corrupção da sociedade e da propriedade privada, como idealizava Rousseau.
A sociedade sem classes fosse estabelecida, pondo fim à luta de classes e à alienação, como pensava Marx.
Em sua crítica à razão, a Escola de Frankfurt diferencia a 'razão instrumental' da 'razão crítica'. A razão instrumental, que se tornou dominante na sociedade moderna, é caracterizada por:
Ser uma forma de intuição intelectual que permite o acesso direto às verdades metafísicas e aos valores morais universais.
Ser um método dialético de pensamento que busca expor e superar as contradições presentes na realidade social.
Ser uma ferramenta de cálculo e eficiência, preocupada apenas em encontrar os meios mais eficazes para atingir fins que não são questionados.
Ser a faculdade de refletir sobre os fins últimos da vida humana e sobre a constituição de uma sociedade justa e emancipada.
A teoria da 'ação social' de Max Weber é fundamental para a sociologia compreensiva. Weber define a ação social como qualquer ação humana à qual o agente atribui um sentido subjetivo, e que é orientada pela ação de outros. Ele propõe quatro tipos ideais de ação social. A ação que é determinada por um cálculo racional de meios e fins, buscando a máxima eficiência para atingir um objetivo, é a:
Ação racional com relação a valores, orientada por uma crença em um valor (ético, estético, religioso), independentemente do sucesso.
Ação tradicional, orientada pelo costume ou pelo hábito.
Ação afetiva, determinada por emoções ou estados sentimentais.
Ação racional com relação a fins, orientada por expectativas quanto ao comportamento de objetos e de outros homens como meio para alcançar fins próprios.
Na filosofia de Platão, o conhecimento verdadeiro (episteme) se diferencia da mera opinião (doxa). A opinião se baseia na percepção do mundo sensível, que é mutável e imperfeito. O conhecimento, por outro lado, tem como objeto as Formas ou Ideias, que são eternas e imutáveis. O processo pelo qual a alma se recorda das Formas, que ela contemplou antes de se encarnar em um corpo, é chamado de:
Abstração, o processo de derivar conceitos gerais a partir de experiências particulares, como na teoria de Aristóteles.
Anamnese ou reminiscência, a teoria de que aprender é, na verdade, recordar.
Maiêutica, o método socrático de 'dar à luz' o conhecimento através do diálogo.
Dialética, o método de ascensão do sensível ao inteligível, que culmina na visão da Forma do Bem.
O 'mito do bom selvagem', frequentemente associado a Jean-Jacques Rousseau, descreve o homem em seu estado de natureza original. Segundo essa visão, o homem natural, antes de ser corrompido pela sociedade, era:
Um ser social e político por natureza, buscando viver em comunidade e criar leis.
Solitário, autossuficiente, guiado por instintos de autopreservação ('amour de soi') e compaixão ('pitié'), e, portanto, essencialmente bom e feliz.
Racional e calculista, usando sua inteligência para dominar a natureza e competir com seus pares.
Egoísta, violento e vivendo em um estado de guerra constante com os outros.
O Círculo de Viena, um grupo de filósofos e cientistas do início do século XX, foi o berço do positivismo lógico (ou empirismo lógico). Eles propuseram o 'critério de verificabilidade' para determinar se uma proposição tem significado cognitivo. Segundo este critério, uma proposição só tem sentido se for:
Capaz de inspirar bons sentimentos e promover a coesão social.
Consistente com as escrituras sagradas e com a tradição da Igreja.
Falseável por uma observação empírica, como proposto posteriormente por Karl Popper.
Uma tautologia (verdadeira por definição, como na lógica e na matemática) ou empiricamente verificável, pelo menos em princípio.
Tales de Mileto, considerado por muitos o primeiro filósofo, rompeu com as explicações míticas ao propor que a 'arché' (princípio originário de todas as coisas) seria a água. A importância dessa proposição para o nascimento da filosofia reside no fato de que ela:
provou cientificamente que a água é o elemento fundamental de toda a matéria existente no universo.
estabeleceu o método dialético de perguntas e respostas para refutar as narrativas mitológicas sobre a criação do mundo.
inaugurou uma forma de investigação baseada na observação da natureza e na busca por uma causa racional e natural para a realidade.
utilizou uma entidade divina, como o deus Oceano, para explicar a origem do cosmos de forma racional.
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