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A Província de Minas Gerais, durante o Império, embora não fosse a principal produtora de café, manteve sua importância econômica e política devido, principalmente, à:
sua poderosa indústria naval, que construía os navios de guerra para a Marinha Imperial nos rios da região.
redescoberta de grandes minas de ouro, que levaram a um novo ciclo de mineração tão intenso quanto o do período colonial.
sua produção de alimentos para o mercado interno, como laticínios, suínos e cereais, que abasteciam a capital e as áreas cafeeiras.
sua vasta produção de borracha, que competia diretamente com a da região amazônica.
O reconhecimento da Independência do Brasil por Portugal, em 1825, não foi gratuito. O tratado de paz e aliança entre os dois países impôs ao Brasil uma condição onerosa, que foi:
a devolução da Guiana Francesa, que havia sido ocupada por tropas luso-brasileiras.
o pagamento de uma indenização de dois milhões de libras esterlinas a Portugal, o que deu início à dívida externa brasileira.
a proibição de o Brasil manter um exército e uma marinha por um período de cinquenta anos.
a aceitação de um príncipe português, indicado pelas Cortes de Lisboa, como novo imperador do Brasil.
A Lei de 1831, conhecida como 'lei para inglês ver', que proibia o tráfico de escravos, não teve efeito prático. O tráfico transatlântico só foi efetivamente interrompido quase 20 anos depois, com a Lei Eusébio de Queirós. A principal razão para a eficácia desta segunda lei foi:
a conversão dos cafeicultores à causa abolicionista, que passaram a defender publicamente o fim do tráfico e a libertação dos escravos.
a forte pressão militar da Inglaterra, que, através do 'Bill Aberdeen', passou a aprisionar navios negreiros em águas brasileiras, tornando o negócio inviável.
uma grande rebelião de escravos no porto do Rio de Janeiro que destruiu todos os navios negreiros e impediu novos desembarques.
a descoberta de minas de ouro na Califórnia, que desviou o interesse dos comerciantes de escravos para outras atividades mais lucrativas.
Durante o Segundo Reinado, a política de 'conciliação' foi uma tentativa de amenizar as disputas entre os partidos Liberal e Conservador. Na prática, essa política significava que:
o Imperador abdicou de suas funções políticas, entregando o governo a um conselho formado por representantes de ambos os partidos.
as eleições se tornaram mais democráticas, permitindo que novas forças políticas, como republicanos e socialistas, participassem do governo.
os dois partidos foram fundidos em um único partido governista, o Partido Imperial, eliminando toda a oposição.
havia uma alternância de poder arranjada entre os dois partidos, que, apesar das diferenças teóricas, na prática representavam a mesma elite agrária.
O conceito de 'cidadania' durante o Império do Brasil era extremamente restrito. Além da exclusão de mulheres e analfabetos (embora a alfabetização não fosse requisito para o voto primário), o principal fator de exclusão da imensa maioria da população da vida política era:
a barreira linguística, pois as leis e os debates políticos eram conduzidos em latim.
a existência da escravidão, que negava qualquer direito a uma vasta parcela da população, e o voto censitário, que excluía os pobres.
a necessidade de autorização da Igreja Católica para que um cidadão pudesse se candidatar.
a proibição de participação política para todos que não fossem militares de alta patente.