O cinema marginal brasileiro, surgido no final dos anos 1960, ficou conhecido pela estética do 'lixo', utilizando recursos como a câmera suja, som precário e narrativas fragmentadas. Essa escolha estética representava:
Uma tentativa de imitar o estilo dos grandes estúdios de Hollywood.
Apenas a falta de recursos financeiros para produzir filmes de melhor qualidade.
Uma postura ideológica de crítica à sociedade de consumo e à 'cosmética' do cinema comercial.
Um movimento que buscava criar filmes de fácil digestão para o grande público.
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A 'estética do lixo' ou da precariedade no cinema marginal não era apenas uma consequência da falta de dinheiro, mas uma opção estética e política. Ao assumir a imagem 'suja', a montagem abrupta e temas considerados marginais, cineastas como Rogério Sganzerla e Júlio Bressane se contrapunham à linguagem limpa e bem-comportada do cinema tradicional (inclusive do Cinema Novo), fazendo uma alegoria de um Brasil em crise e criticando a ideia de um progresso baseado no consumo e na aparência.
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