A Estética da Fome, conceito proposto pelo cineasta Glauber Rocha para o Cinema Novo, defendia que o cinema brasileiro deveria expressar a violência e a miséria do país não através de uma linguagem polida e tecnicamente perfeita, mas por meio de uma:
Cópia fiel do melodrama das novelas mexicanas.
Estética da abundância, com grandes orçamentos e efeitos especiais.
Narrativa otimista que escondesse os problemas sociais.
Linguagem crua, agressiva e formalmente imperfeita.
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Para Glauber, um cinema que quisesse falar da fome não poderia ser 'bonito' ou 'bem-comportado' nos moldes do cinema europeu ou americano. A própria forma do filme deveria refletir a violência de seu conteúdo. Por isso, ele defendia uma 'estética da fome' que se manifestaria em uma câmera trêmula, montagem abrupta, som precário e atuações antinaturais. A 'imperfeição' técnica se tornava uma marca de autenticidade e uma postura política.
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