As passarelas da Congada em Minas Gerais são adornadas com fitas coloridas e os participantes dançam e cantam em louvor a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, ao som de instrumentos de percussão. A festa celebra a coroação de um rei e uma rainha negros. A Congada é uma manifestação cultural que:
É uma performance puramente secular, sem qualquer elemento religioso.
Busca reviver as tradições da nobreza de Portugal no período colonial.
Critica a monarquia como sistema de governo inadequado para o Brasil.
Reafirma a identidade e a memória da cultura afro-brasileira dentro de um contexto católico.
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A Congada é uma expressão do sincretismo e da resistência cultural afro-brasileira. Ela recria, no contexto do catolicismo popular, as coroações dos reis do Congo, um símbolo de poder e nobreza para os africanos escravizados. Ao celebrar um reinado negro em louvor a santos também associados à população negra (como São Benedito), a Congada funciona como um espaço de afirmação da identidade, da história e da fé dessa comunidade.
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