Lygia Clark, artista neoconcretista, criou os 'Bichos', esculturas de metal articuladas que o espectador é convidado a manipular, criando diferentes formas. A participação do público é tão fundamental que a artista afirmava que a obra só se completa com essa interação. Essa proposta redefine a escultura como:
Uma peça decorativa, sem qualquer conceito artístico por trás.
Uma representação fiel e realista de animais da fauna brasileira.
Um objeto estático, a ser contemplado de uma distância segura.
Um evento relacional, que depende da ação do participante.
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Os 'Bichos' de Lygia Clark rompem com a ideia tradicional de escultura. Eles não têm uma forma 'certa' ou definitiva. A obra não é o objeto em si, mas a relação, o diálogo corporal que se estabelece entre o participante e a peça. A escultura deixa de ser um objeto passivo para se tornar um organismo vivo, um 'Bicho' que reage ao toque, e a experiência artística se torna um evento, um acontecimento no tempo e no espaço.
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