Na obra 'O Segundo Sexo', a filósofa Simone de Beauvoir faz uma análise existencialista da condição feminina. Sua famosa afirmação 'Não se nasce mulher, torna-se mulher' significa que:
Apenas através de uma cirurgia de mudança de sexo uma pessoa pode verdadeiramente se tornar uma mulher.
As características biológicas do sexo feminino são uma construção social e não existem na natureza.
A mulher é um ser superior ao homem, pois sua essência é construída socialmente, enquanto a do homem é meramente natural.
A identidade de 'mulher', com todos os seus papéis e expectativas sociais, não é um destino biológico, mas uma construção cultural e histórica imposta sobre o indivíduo do sexo feminino.
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Beauvoir aplica a máxima existencialista de que 'a existência precede a essência' à condição feminina. Ela distingue entre o 'sexo' (o dado biológico) e o 'gênero' (a construção social). A sociedade, ao longo da história, definiu a mulher como o 'Outro' em relação ao homem, que é visto como o sujeito universal. 'Tornar-se mulher' é o processo pelo qual a menina internaliza os mitos, papéis e limitações que a civilização patriarcal lhe impõe, um processo que limita sua liberdade e a impede de se realizar como um sujeito autônomo. A obra é um marco do pensamento feminista.
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