A filosofia de Gilles Deleuze, muitas vezes em colaboração com Félix Guattari, propõe uma nova imagem do pensamento, que não se baseia na representação e na identidade, mas na criação e na diferença. Eles contrapõem o modelo de pensamento 'arborescente' (com uma raiz, um tronco e ramos hierárquicos) a um modelo que eles chamam de 'rizoma'. Um rizoma é caracterizado por:
Ter um centro fixo e uma estrutura hierárquica, onde todos os pontos se conectam a um ponto central de poder.
Seguir uma progressão linear e lógica, onde cada passo se segue necessariamente do anterior.
Ser uma estrutura fechada e estática, que não permite novas conexões ou transformações.
Ser um sistema acêntrico, não hierárquico, onde qualquer ponto pode ser conectado a qualquer outro, crescendo de forma imprevisível e múltipla.
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O rizoma, um termo emprestado da botânica (como o gengibre ou a grama), serve como uma metáfora para um pensamento que não tem começo nem fim fixos, que opera por conexões heterogêneas e multiplicidades. Um livro pode ser um rizoma, conectando-se com a ciência, a política, a arte. A internet é um exemplo de estrutura rizomática. Essa imagem do pensamento se opõe à tradição filosófica que busca uma 'raiz' ou um 'fundamento' para o conhecimento e que organiza o saber em árvores hierárquicas. O pensamento rizomático valoriza as linhas de fuga, as desterritorializações e as conexões inesperadas.
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