Um dos argumentos clássicos a favor da existência de Deus, desenvolvido na Escolástica, é o argumento teleológico ou do desígnio. Ele parte da observação de que o universo exibe ordem, complexidade e propósito, como um relógio que pressupõe um relojoeiro. A conclusão do argumento é que:
Deve haver um primeiro motor imóvel que dá origem a todo o movimento no universo, e este motor é Deus (Argumento do Movimento de Aristóteles/Tomás de Aquino).
Deus é definido como o ser do qual nada maior pode ser pensado; como existir na realidade é maior do que existir apenas na mente, Deus deve existir na realidade (Argumento Ontológico de Santo Anselmo).
Tudo o que começa a existir tem uma causa; o universo começou a existir, logo, o universo tem uma causa, que é Deus (Argumento Cosmológico Kalam).
Essa ordem e finalidade no universo não podem ser fruto do acaso, devendo, portanto, ser o produto de uma inteligência superior, que é Deus.
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O argumento teleológico (do grego 'telos', que significa fim, propósito) é um argumento a posteriori, baseado na observação da natureza. A analogia do relógio, popularizada por William Paley, é sua formulação mais famosa: assim como a complexidade de um relógio nos leva a inferir a existência de um designer inteligente, a complexidade e a aparente finalidade do mundo natural (o olho humano, os ecossistemas, etc.) nos levariam a inferir a existência de um Designer Divino. A Quinta Via de Tomás de Aquino é uma versão deste argumento.
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