O 'mito do bom selvagem', frequentemente associado a Jean-Jacques Rousseau, descreve o homem em seu estado de natureza original. Segundo essa visão, o homem natural, antes de ser corrompido pela sociedade, era:
Um ser social e político por natureza, buscando viver em comunidade e criar leis.
Solitário, autossuficiente, guiado por instintos de autopreservação ('amour de soi') e compaixão ('pitié'), e, portanto, essencialmente bom e feliz.
Racional e calculista, usando sua inteligência para dominar a natureza e competir com seus pares.
Egoísta, violento e vivendo em um estado de guerra constante com os outros.
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A concepção de Rousseau sobre o estado de natureza é uma crítica à sociedade de sua época. Ele não via o homem natural como um ser moral ou imoral, mas 'pré-moral'. O 'bom selvagem' não é mau porque suas necessidades são simples e facilmente satisfeitas, e ele ainda não desenvolveu o 'amour-propre' (o orgulho, a vaidade, a necessidade de ser reconhecido pelos outros), que é a fonte de todos os vícios sociais. Ele é guiado por um instinto de autopreservação e por uma piedade natural que o faz sentir repulsa pelo sofrimento alheio. A sociedade, com a propriedade privada e a desigualdade, é que o corrompe.
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