O problema do mal é um desafio teológico e filosófico que questiona como a existência do mal (sofrimento, crueldade, desastres naturais) pode ser compatível com a existência de um Deus que é onipotente, onisciente e onibenevolente. Uma resposta clássica a esse problema, associada a Santo Agostinho e Leibniz, é a 'teodiceia do livre-arbítrio'. Ela argumenta que:
O mal não existe realmente; é apenas uma ausência ou privação do bem, assim como a escuridão é a ausência de luz.
O mal é necessário para que possamos apreciar o bem e para que os seres humanos possam desenvolver virtudes morais como a compaixão e a coragem.
O mal moral (o pecado) não é culpa de Deus, mas resulta do mau uso que os seres humanos fazem de sua liberdade de escolha, um dom que é, em si mesmo, um grande bem.
Deus não é onipotente e, portanto, não consegue impedir o mal, embora deseje fazê-lo.
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A defesa do livre-arbítrio sustenta que Deus, ao criar seres livres como os humanos, criou a possibilidade do mal moral. A liberdade de escolher entre o bem e o mal é um bem tão grande que supera o risco de que essa liberdade seja usada para o mal. Se Deus forçasse os humanos a serem bons, eles seriam meros autômatos, e sua bondade não teria valor moral. Portanto, a responsabilidade pelo mal moral recai sobre as criaturas, não sobre o Criador. A opção A (mal como privação do bem) e a D (mal como meio para um bem maior) são outras partes importantes da teodiceia agostiniana, mas a B foca especificamente no livre-arbítrio como resposta ao mal moral.
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