O ceticismo é uma corrente filosófica que questiona a possibilidade de se alcançar um conhecimento certo e indubitável. Pirro de Élida, considerado seu fundador, propunha a 'epoché' como atitude diante da incerteza. Aplicada ao campo da ética, essa atitude cética levaria à 'ataraxia', pois:
ao suspender o juízo sobre o que é verdadeiramente bom ou mau, o indivíduo se libertaria das perturbações e angústias causadas por crenças dogmáticas.
ao provar a existência de uma verdade moral absoluta, o cético encontraria a paz seguindo essa verdade.
ao se engajar em debates para refutar todas as opiniões, o cético fortaleceria sua alma e se tornaria indiferente ao sofrimento.
ao aceitar o destino como racional e inevitável, o cético aprenderia a controlar suas emoções e viver em harmonia com o cosmos.
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Para os céticos pirrônicos, a perturbação da alma (taraxia) surge do dogmatismo, ou seja, da crença de que se possui a verdade sobre como as coisas são, inclusive sobre o que é bom ou mau. Como os argumentos a favor e contra qualquer tese parecem ter igual peso, a atitude mais racional é suspender o juízo (epoché). Essa suspensão leva à tranquilidade (ataraxia), pois, sem a pretensão de saber o que é bom ou mau por natureza, a pessoa deixa de se angustiar com desejos e medos infundados.
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