O conceito de 'diferença ontológica', fundamental no pensamento de Martin Heidegger, refere-se à distinção entre:
A essência e a existência, onde a essência é o que uma coisa é, e a existência é o fato de ela ser.
O mundo sensível e o mundo inteligível, como na filosofia de Platão.
O Ser e o ente. O ente é tudo o que 'é' (uma cadeira, uma pessoa, um número), enquanto o Ser é aquilo que permite que os entes sejam, mas não é ele mesmo um ente.
O sujeito e o objeto, a consciência e o mundo exterior, como na filosofia moderna.
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Heidegger argumenta que toda a tradição metafísica ocidental, desde Platão, esqueceu a diferença ontológica. A filosofia tratou do 'ente' (estudou os tipos de entes, suas causas, suas propriedades), mas esqueceu de perguntar pelo 'Ser' em si mesmo. A metafísica pensou o Ser como se ele fosse o ente supremo (Deus, a Ideia, a Substância), mas para Heidegger, o Ser não é uma 'coisa', nem mesmo a mais alta. O Ser é o 'acontecimento' que torna possível a manifestação de qualquer ente. A tarefa de seu pensamento é reabrir a questão do sentido do Ser.
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