A teoria do conhecimento de David Hume, um empirista radical, leva a conclusões céticas sobre conceitos que consideramos fundamentais. Ele argumenta que nossa crença na causalidade (que um evento A causa um evento B) não se baseia na razão nem na observação de uma 'conexão necessária' entre os eventos, mas sim em:
Um raciocínio lógico dedutivo que prova que o futuro deve se assemelhar ao passado.
A estrutura transcendental do nosso entendimento, que impõe a categoria de causalidade às nossas experiências.
O hábito ou costume, formado pela observação repetida de uma conjunção constante entre dois eventos no passado.
Uma ideia inata de causa e efeito, implantada por Deus em nossas mentes.
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Hume realiza uma crítica demolidora à noção de causalidade. Ele argumenta que tudo o que observamos é uma sucessão de eventos (o movimento de uma bola de bilhar, seguido pelo movimento de outra). Nunca observamos o 'poder' ou a 'conexão necessária' que os une. Nossa crença de que o primeiro evento causa o segundo é um sentimento psicológico, um hábito mental que nos leva a esperar que o futuro se assemelhe ao passado, mas isso não tem uma justificação racional. Essa análise influenciou profundamente Kant, que disse que Hume o 'despertou de seu sono dogmático'.
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