Santo Agostinho, em sua obra 'A Cidade de Deus', desenvolve uma filosofia da história que interpreta os acontecimentos humanos como um conflito entre duas cidades místicas. Uma é fundada no amor a si mesmo até o desprezo de Deus, e a outra, no amor a Deus até o desprezo de si mesmo. Essas duas cidades são:
A Cidade dos Homens (ou Terrena) e a Cidade de Deus (ou Celestial), representando a luta entre o pecado e a graça na história.
O Império Romano e a Igreja Católica, simbolizando a oposição entre o poder temporal e o poder espiritual.
A Cidade de Atenas e a Cidade de Jerusalém, representando o conflito entre a razão filosófica e a fé revelada.
A Cidade dos Patrícios e a Cidade dos Plebeus, refletindo a luta de classes presente na sociedade romana.
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Agostinho escreve 'A Cidade de Deus' após o saque de Roma pelos visigodos, para defender o cristianismo da acusação de ter enfraquecido o império. Ele propõe que a história humana não deve ser entendida pela ascensão e queda de impérios, mas como o palco de um drama espiritual: o conflito entre a Cidade Terrena, composta por aqueles que buscam a glória e os bens materiais, e a Cidade de Deus, formada pelos que vivem pela fé e buscam a salvação. Essas duas cidades estão entrelaçadas na história até o Juízo Final.
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