Na filosofia política, o conceito de 'soberania' refere-se ao poder supremo e último dentro de um Estado. Jean Bodin, no século XVI, foi um dos primeiros a teorizar sobre a soberania como sendo 'absoluta e perpétua'. Para Thomas Hobbes, no século XVII, a soberania, para ser eficaz, deve ser indivisível e ilimitada. A principal função do soberano hobbesiano é:
Manter a paz e a segurança, pondo fim à 'guerra de todos contra todos' do estado de natureza, mesmo que isso exija um poder absoluto e incontestável.
Implementar a Vontade Geral do povo, expressando a soberania popular em leis que visam o bem comum, como propõe Rousseau.
Garantir os direitos naturais dos indivíduos, como vida, liberdade e propriedade, e seu poder pode ser revogado se ele os violar, como defende Locke.
Promover a virtude e a felicidade dos cidadãos, educando-os para a vida na comunidade política, como pensavam os filósofos gregos.
0
A filosofia política de Hobbes é motivada pelo medo da guerra civil e da anarquia. O 'Leviatã', o Estado soberano, é criado através de um contrato social no qual os indivíduos renunciam ao seu direito de se governar em favor de um poder absoluto. A única e primordial justificativa para a existência desse poder é garantir a segurança e a ordem. O soberano não está sujeito às leis que cria e tem poder sobre a religião, a propriedade e a vida dos súditos, tudo em nome da paz. A obrigação de obedecer ao soberano cessa apenas se ele se tornar incapaz de proteger os súditos.
Não perca a oportunidade de ajudar os outros. Cadastre-se ou faça login para adicionar uma solução!
Ajude a comunidade respondendo algumas perguntas.