Na filosofia de Platão, o conhecimento verdadeiro (episteme) se diferencia da mera opinião (doxa). A opinião se baseia na percepção do mundo sensível, que é mutável e imperfeito. O conhecimento, por outro lado, tem como objeto as Formas ou Ideias, que são eternas e imutáveis. O processo pelo qual a alma se recorda das Formas, que ela contemplou antes de se encarnar em um corpo, é chamado de:
Abstração, o processo de derivar conceitos gerais a partir de experiências particulares, como na teoria de Aristóteles.
Anamnese ou reminiscência, a teoria de que aprender é, na verdade, recordar.
Maiêutica, o método socrático de 'dar à luz' o conhecimento através do diálogo.
Dialética, o método de ascensão do sensível ao inteligível, que culmina na visão da Forma do Bem.
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No diálogo 'Mênon', Platão apresenta a teoria da anamnese para explicar como é possível buscar o conhecimento de algo que não se sabe. Sócrates demonstra a teoria ao fazer um escravo, que nunca estudou geometria, 'descobrir' o Teorema de Pitágoras apenas através de perguntas. Para Platão, isso prova que o conhecimento já estava latente na alma do escravo. O processo de educação e filosofia, portanto, não é o de colocar conhecimento novo na alma, mas o de ajudá-la a se lembrar da verdade que ela já possui.
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