Um dos debates centrais da filosofia medieval foi a 'questão dos universais'. O problema era saber se os termos gerais, como 'humanidade' ou 'animal', correspondem a algo real fora da mente. A posição que afirma que os universais existem realmente, como essências ou formas, seja no mundo (como em Aristóteles) ou em um reino separado (como em Platão), é conhecida como:
Ceticismo, que argumenta que não podemos saber se os universais existem ou não e, portanto, devemos suspender o juízo.
Realismo, que defende a existência real dos universais, independentemente das mentes que os pensam.
Conceitualismo, uma posição intermediária que diz que os universais existem como conceitos na mente, formados por abstração a partir de indivíduos semelhantes.
Nominalismo, que sustenta que os universais são apenas nomes ou palavras ('flatus vocis'), e que apenas os indivíduos particulares existem.
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O Realismo é a doutrina que atribui realidade ontológica aos universais. Essa posição tem suas raízes em Platão (as Formas são mais reais que as coisas sensíveis) e em Aristóteles (a forma ou essência existe 'em re' – nas coisas). Na Idade Média, filósofos como Anselmo e Guilherme de Champeaux defenderam versões do realismo. A posição oposta é o Nominalismo, defendido por Roscelino e, de forma mais sofisticada, por Guilherme de Ockham, que se tornou influente no final da Idade Média e ajudou a preparar o caminho para a ciência moderna, que foca no estudo dos particulares.
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