O Estoicismo, uma das principais escolas filosóficas do período helenístico e romano, propunha um ideal de vida baseado na 'apatheia' (imperturbabilidade) e na vida em acordo com a natureza. Para os estoicos, o universo é governado por uma razão divina, o 'Logos' ou 'Fatum' (destino). Diante disso, a atitude do sábio deve ser a de:
Reconhecer o que está em seu poder e o que não está, e aceitar com serenidade aquilo que não pode mudar, pois faz parte da ordem racional do cosmos.
Buscar o máximo de prazer e evitar a dor, calculando as consequências de cada ação.
Duvidar de tudo e suspender o juízo, pois é impossível conhecer a verdadeira natureza da realidade.
Tentar mudar o curso dos acontecimentos através da ação política e da força, para adequar o mundo aos seus desejos.
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A distinção entre 'o que depende de nós' (nossos juízos, nossas intenções, nossas atitudes) e 'o que não depende de nós' (nosso corpo, nossa saúde, nossa riqueza, a opinião dos outros) é o cerne da ética estoica, como expressa no 'Manual' de Epicteto. A felicidade e a liberdade residem em focar nossa energia apenas naquilo que podemos controlar – nossas próprias reações e juízos. O sábio não se perturba com doenças, perdas ou ofensas, pois sabe que esses eventos externos não podem atingir sua cidadela interior, sua capacidade de julgar e escolher virtuosamente. Ele aceita o destino não com resignação passiva, mas com a compreensão de que tudo faz parte de um plano racional.
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