A filosofia de Jean-Paul Sartre é radicalmente centrada na liberdade. Para ele, o ser humano está 'condenado a ser livre'. Essa condenação significa que:
Os seres humanos são livres para escolher, mas suas escolhas são, em última análise, determinadas por fatores inconscientes e sociais.
A única verdadeira liberdade é a liberdade interior de pensamento, já que nossas ações no mundo são sempre constrangidas pelas circunstâncias.
A liberdade é um fardo pesado, pois, sem uma essência ou natureza predefinida e sem Deus para nos dar um propósito, somos totalmente responsáveis por tudo o que somos e fazemos.
A liberdade humana é limitada pelas leis da física e pela nossa condição biológica, não podendo ser absoluta.
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A frase 'condenado a ser livre' expressa o paradoxo da liberdade sartreana. Somos 'condenados' porque não escolhemos nascer, fomos 'jogados' no mundo. Mas, uma vez aqui, somos 'livres' porque não há determinismo. 'A existência precede a essência', então temos que inventar nosso próprio caminho. Não há desculpas. A responsabilidade é total. Se não há Deus, não há valores a priori. Ao escolher, inventamos nossos valores, e somos responsáveis por essa invenção não só perante nós mesmos, mas perante toda a humanidade. Essa responsabilidade total é a fonte da angústia existencial.
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