Em sua obra 'Leviatã', Thomas Hobbes descreve o 'estado de natureza' como uma condição pré-social onde não há leis, governo ou poder comum. Nessa condição, segundo ele, todos os homens são aproximadamente iguais em força e inteligência, e todos têm o 'direito de natureza', que é o direito de fazer qualquer coisa para preservar a própria vida. Essa igualdade e liberdade, paradoxalmente, levam a um estado de:
Isolamento e felicidade, onde cada indivíduo vive como um 'bom selvagem', satisfeito com suas necessidades básicas e sem contato com os outros.
Paz perpétua e cooperação mútua, pois a igualdade gera respeito e solidariedade.
Desenvolvimento da agricultura e das artes, pois, sem a opressão do governo, os indivíduos podem desenvolver livremente seus talentos.
Guerra de todos contra todos ('bellum omnium contra omnes'), pois a competição, a desconfiança e a busca por glória levam a um conflito constante.
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A visão de Hobbes sobre o estado de natureza é profundamente pessimista. Para ele, a igualdade de capacidades leva à igualdade na esperança de atingir os mesmos fins. Se dois homens desejam a mesma coisa, eles se tornam inimigos. Junte-se a isso a desconfiança (a necessidade de atacar primeiro para não ser atacado) e o desejo de glória, e o resultado é uma guerra perpétua, real ou potencial. É para escapar dessa condição intolerável que os homens, através de um pacto, criam um poder soberano absoluto.
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