O conceito de 'biopoder', desenvolvido por Michel Foucault, descreve uma nova forma de poder que surge na modernidade. Diferente do poder soberano, que se concentrava no indivíduo e tinha o direito de 'fazer morrer ou deixar viver', o biopoder é um poder sobre a vida. Ele se exerce em dois níveis principais: a disciplina dos corpos individuais e a regulamentação da:
População, tratando os seres humanos como uma espécie, gerenciando taxas de natalidade, mortalidade, saúde pública e longevidade.
Linguagem, estabelecendo as regras gramaticais e os significados das palavras para uniformizar a comunicação.
Economia, planejando a produção e a distribuição de bens para garantir a prosperidade do Estado.
Consciência, buscando controlar os pensamentos e crenças dos cidadãos através da propaganda e da ideologia.
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Foucault identifica duas tecnologias de poder que compõem o biopoder: a 'anatomopolítica do corpo humano' (o poder disciplinar que adestra o corpo individual) e a 'biopolítica da população'. A biopolítica foca no 'corpo-espécie'. O Estado moderno se interessa em gerir a vida da população para torná-la mais forte e produtiva. Questões como saúde pública, saneamento, taxas de nascimento, expectativa de vida e raça tornam-se problemas políticos. É um poder que busca 'fazer viver e deixar morrer', gerenciando a vida em nível coletivo.
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